Arte de Pensar
“Ser livre é desenvolver a arte de pensar e proteger a emoção, é ter um caso de amor com a própria existência e desvendar seus mistérios” Augusto Cury
Profº Renato M. E. Sabbatini - Autismo
Aula completa do Prof.Dr. Renato M.E. Sabbatini (UNICAMP) no curso Neurologia e Grandes Personalidades Históricas. http://www.edumed.org.br/cursos/personalidades.html.
O curso tem como objetivo ensinar conceitos básicos de neurologia clínica de diversas doenças como síndrome de pânico, neurosífilis, acidente vascular cerebral, autismo, doença de Parkinson, poliomielite, epilepsia, distúrbios da linguagem, etc. através do estudo de grandes personalidades históricas que as tiveram, como Darwin, Dostoiévski, Ravel, Hitler, Roosevelt, etc..
Resumo da aula: Filho de um duque, e um dos homens mais ricos da Inglaterra em seu tempo, Henry Cavendish foi, ao mesmo tempo, um cientista extraordinariamente importante para a história da química, e uma pessoa profundamente alterada. Trabalhando sempre totalmente isolado, não se comunicava com ninguém, e até mesmo seus empregados se relacionavam com ele por escrito. Recentemente, o famoso neurologista e escritor inglês Oliver Sacks aventou a hipótese, bastante provável, que Cavendish tinha a síndrome de Asperger, um subtipo do autismo, e que é uma doença de desenvolvimento. Os pacientes com esta síndrome são inteligentes, têm excepcional capacidade de concentração, e se interessam apenas por uma ou duas coisas em sua existência. Diversas teorias propôe que muitos cientistas de sucesso (inclusive Albert Einstein) seriam acometidos de Asperger. Nesta palestra discutiremos a história psicológica de Cavendish e as possiveis correlações entre autismo funcionante e gênio científico.
Pastores feridos - Pastores que abandonam o púlpito enfrentam o difícil caminho da auto-aceitação e do recomeço.
Pastores feridos
Pastores que abandonam o púlpito enfrentam o difícil caminho da auto-aceitação e do recomeço.
Por Marcelo Brasileiro
Desânimo, solidão, insegurança, medo e dúvida. Uma estranha combinação de sensações passou a atormentar José Nilton Lima Fernandes, hoje com 41 anos, a certa altura da vida. Pastor evangélico, ele chegou ao púlpito depois de uma longa vivência religiosa, que se confunde com a de sua trajetória. Criado numa igreja pentecostal, Nilton exerceu a liderança da mocidade já aos 16 anos, e logo sentiria o chamado – expressão que, no jargão evangélico, designa aquele momento em que o indivíduo percebe-se vocacionado por Deus para o ministério da Palavra. Mas foi numa denominação do ramo protestante histórico, a Igreja Presbiteriana Independente (IPI), na cidade de São Paulo, que ele se estabeleceu como pastor. Graduado em Direito, Teologia e Filosofia, tinha tudo para ser um excelente ministro do Evangelho, aliando a erudição ao conhecimento das Sagradas Escrituras. Contudo, ele chegou diante de uma encruzilhada. Passou a duvidar se valeria mesmo a pena ser um pastor evangélico. Afinal, a vida não seria melhor sem o tal “chamado pastoral”?
As razões para sua inquietação eram enormes. Ordenado pastor desde 1995, foi justamente na igreja que experimentou seus piores dissabores. Conheceu a intriga, lutou contra conchavos, desgastou-se para desmantelar o que chama de “estrutura de corrupção” dentro de uma das igrejas que pastoreou. Mas, no fim de tudo isso, percebeu que a luta fora inglória. José Nilton se enfraqueceu emocionalmente e viu o casamento ir por água abaixo. Mesmo vencendo o braço-de-ferro para sanar a administração de sua igreja, perdeu o controle da vida. A mulher não foi capaz de suportar o que o ministério pastoral fez com ele. “Eu entrei num processo de morte. Adoeci e tive que procurar ajuda médica para me restabelecer”, conta. Com o fim do casamento, perdeu também a companhia permanente da filha pequena, uma das maiores dores de sua vida.
Foi preciso parar. No fim de 2010, José Nilton protocolou uma carta à direção de sua igreja requisitando a “disponibilidade ativa”, uma licença concedida aos pastores da denominação. Passou todo o ano de 2011 longe das funções ministeriais. No período, foi exercer outras funções, como advogado e professor de escola pública e de seminário. “Acho possível servir a Jesus, independentemente de ser pastor ou não”, raciocina, analisando a vida em perspectiva. “Não acredito mais que um ministério pastoral só possa ser exercido dentro da igreja, que o chamado se aplica apenas dentro do templo. Quebrei essa visão clerical”. Reconstruindo-se das cicatrizes, Nilton casou-se novamente. E, este ano retornou ao púlpito, assumindo o pastoreio de uma igreja na zona leste de São Paulo. Todavia, não descarta outro freio de arrumação. “Acho que a vida útil de um líder é de três anos”, raciocina. “É o período em que ele mantém toda a força e disposição. Depois, é bom que esse processo seja renovado”. É assim que ele pretende caminhar daqui para frente: sem fazer do pastorado o centro ou a razão da sua vida.
Encontrar o equilíbrio no ministério não é tarefa fácil. Que o digam os ex-pastores ou pastores afastados do púlpito que passam a exercer outras atividades ou profissões depois de um período servindo à igreja. Uma das maiores denominações pentecostais do país, a Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ), com seus 30 mil pastores filiados – entre homens e mulheres –, registra uma deserção de cerca de 70 pastores por mês desde o ano passado. Os números estão nas circulares da própria igreja. Não é gente que abandona a fé em Cristo, naturalmente; em sua maioria, os religiosos que pedem licença ou desligamento das atividades pastorais continuam vivendo sua vida cristã, como fez José Nilton no período em que esteve afastado do púlpito. É que as pressões espirituais e as demandas familiares e pessoais dos pastores, nem sempre supridas, constituem uma carga difícil de suportar ao longo doa anos. Some-se a isso os problemas enfrentados na própria igreja, as cobranças da liderança, a necessidade de administrar a obra sob o ponto de vista financeiro e – não raro – as disputas por poder e se terá uma ideia do conjunto de fatores que podem levar mesmo aquele abençoado homem de Deus a chutar tudo para o alto.
A própria IPI, onde José Nilton militou, embora muito menor que a Quadrangular – conta com cerca de 500 igrejas no país e 690 pastores registrados –, teria hoje algo em torno de 50 ministros licenciados, número registrado em relatório de 2009. Pode parecer pouco, mas representa quase dez por cento do corpo de pastores ativos. Caso se projete esse percentual à dimensão da já gigantesca Igreja Evangélica brasileira, com seus aproximadamente 40 milhões de fiéis, dá para estimar que a defecção dos púlpitos é mesmo numerosa. De acordo com números da Fundação Getúlio Vargas, o número de pastores evangélicos no país é cinco vezes maior do que a de padres católicos, que em 2006 era de 18,6 mil segundo o levantamento Centro de Estatísticas Religiosas e Investigações Sociais. Porém, devido à informalidade da atividade pastoral no país, é certo que os números sejam bem maiores.
FERIDOS QUE FEREM
O chamado pastoral sempre foi o mais valorizado no segmento evangélico. Por essa razão, é de se estranhar quando alguém que se diz escolhido por Deus para apascentar suas ovelhas resolva abandonar esse caminho. Nos Estados Unidos, algumas pesquisas tentam explicar os principais motivos que levam os pastores a deixar de lado a tarefa que um dia abraçaram. Uma delas foi realizada pelo ministério LifeWay, que, por telefone, contatou mil pastores que exerciam liderança em suas comunidades eclesiásticas. E o resultado foi que, apesar de se sentirem privilegiados pelo cargo que ocupavam (item expresso por 98% dos entrevistados), mais da metade, ou 55%, afirmaram que se sentiam solitários em seus ministérios e concordavam com a afirmação “acho que é fácil ficar desanimado”. Curiosamente, foram os veteranos, com mais 65 anos, os menos desanimados. Já os dirigentes das megaigrejas foram os que mais reclamaram de problemas. De acordo com o presidente da área de pesquisas da Life Way, Ed Stetzer – que já pastoreou diversas igrejas –, a principal razão para o desânimo pode vir de expectativas irreais. “Líderes influenciados por uma mentalidade consumista cristã ferem todos os envolvidos”, aponta. “Precisamos muito menos de clientes e muito mais de cooperadores”, diz, em seu blog pessoal.
Outras pesquisas nos EUA vão além. O Instituto Francis Schaeffer, por exemplo, revelou que, no último ano, cerca de 1,5 mil pastores têm abandonado seus ministérios todos os meses por conta de desvios morais, esgotamento espiritual ou algum tipo de desavença na igreja. Numa pesquisa da entidade, 57% dos pastores ouvidos admitiram que deixariam suas igrejas locais, mesmo se fosse para um trabalho secular, caso tivessem oportunidade. E cerca de 70% afirmam sofrer depressão e admitem só ler a Bíblia quando preparam suas pregações. Do lado de cá do Equador, o nível de desistência também é elevado, ainda mais levando-se em conta as grandes expectativas apresentadas no início da caminhada pastoral pelos calouros dos seminários. “No começo do curso, percebemos que uma boa parte dos alunos possui um positivo encantamento pelo ministério. Mais adiante, já demonstram preocupação com alguns dilemas”, observa o diretor da Faculdade Teológica Batista de São Paulo, o pastor batista Lourenço Stélio Rega. Ele estima que 40% dos alunos que iniciam a faculdade de teologia desistem no meio do caminho. Os que chegam à ordenação, contudo, percebem que a luta será uma constante ao longo da vida ministerial – como, aliás, a própria Bíblia antecipa.
E, se é bom que o ministro seja alguém equilibrado, que viva no Espírito e não na carne, que governa bem a própria casa, seja marido de uma só mulher (ou vice-versa, já que, nos tempos do apóstolo Paulo não se praticava a ordenação feminina) e tantos outros requisitos, forçoso é reconhecer que muita gente fica pelo caminho pelos próprios erros. “O ministério é algo muito sério” lembra Gedimar de Araújo, pastor da Igreja Evangélica Ágape em Santo Antonio (ES) e líder nacional do Ministério de Apoio aos Pastores e Igrejas, o Mapi. “Se um médico, um advogado ou um contador erram, esse erro tem apenas implicação terrena. Mas, quando um ministro do Evangelho erra, isso pode ter implicações eternas.”
Desde que foi criado, há 20 anos, em Belo Horizonte (MG), como um braço do ministério Servindo Pastores e Líderes (Sepal), o Mapi já atendeu milhares de pastores pelo país. Dessa experiência, Gedimar traça quatro principais razões que podem ser cruciais para a desmotivação e o abandono do ministério. “Ativismo exagerado, que não deixa tempo para a família ou o descanso; vida moral vacilante, que abre espaço para a tentação na área sexual; feridas emocionais e conflitos não resolvidos; e desgaste com a liderança, enfrentando líderes autoritários e que não cooperam”, enumera. Para ele, é preciso que tanto os membros das igrejas quanto as lideranças denominacionais tenham um cuidado especial com os pastores. “Muitos sofrem feridas, como também, muitas vezes, chegam para o ministério já machucados. E, infelizmente, pastor ferido acaba ferindo”.
Quanto à responsabilidade do próprio pastor com o zelo ministerial, Gedimar é taxativo: “É melhor declinar do ministério do que fazê-lo de qualquer jeito ou por simples necessidade”. A rede de apoio oferecida pelo Mapi supre uma lacuna fundamental até mesmo entre os pastores – a do pastoreio. “É preciso criar em torno do ministro algumas estruturas protetoras. É muito bom que o líder conte com um grupo de outros pastores onde possa se abrir e compartilhar suas lutas; um mentor que possa ajudá-lo a crescer e acompanhamento para seu casamento e família e, por fim, ter companheiros com quem possa desenvolver amizades e relacionamentos saudáveis e sólidos”, enumera.
EXPECTATIVAS
Juracy Carlos Bahia, pastor e diretor-executivo da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil (OPBB), sediada no Rio de Janeiro, conhece bem o dilema dos colegas que, a certa altura do ministério, sentem-se questionados não só pelos outros, mas, sobretudo, por si mesmos. Ele lida com isso na prática e sabe que o preço acaba sendo caro demais. “Toda atividade que envolve vocação, como a do professor, a do médico ou a do pastor, é vista com muita expectativa. Quando se abandona esse caminho, é natural um sentimento de inadequação”. Para Bahia, o desencantamento com o ministério pastoral é fruto também do que entende como frustrações no contexto eclesiástico. Há pastores, por exemplo, que julgam não ter todo seu potencial intelectual utilizado pela comunidade. “Às vezes, o ministro acha que a igreja que pastoreia é pequena demais para seus projetos pessoais”, opina. Isso, acredita Bahia, estimula muitos a acumularem diversas funções, além das pastorais. “Eu defendo que os pastores atuem integralmente em seus ministérios. Porém, o que temos visto são pastores-advogados, pastores-professores, enfim, pastores que exercem outras profissões paralelas ao púlpito”, observa.
No entender do dirigente da OPBB, esse acúmulo de funções mina a energia e o potencial do obreiro para o serviço de Deus. A associação reúne aproximadamente dez mil pastores batistas e Bahia observa isso no seio da própria entidade: “Creio que metade deles sofra com a fuga das atividades pastorais para as seculares”. Contudo, ele acredita que deixar o ministério não é algo necessariamente negativo. “A pessoa pode ter se sentido vocacionada e, mais adiante na vida, por meio da experiência, das orações e interação com outros pastores, é perfeitamente possível chegar à conclusão que a interpretação que fez sobre seu chamado não foi adequada e sim emotiva”.
Quando, já na meia idade, casado e com dois filhos, ingressou no Seminário Presbiteriano do Norte (SPN), na capital pernambucana, Recife, Francisco das Chagas dos Santos parecia um menino de tanto entusiasmo. Nem mesmo as críticas de parentes para que buscasse uma colocação social que lhe desse mais status e dinheiro o desmotivou. “A igreja, para mim, é a melhor das oportunidades de buscar e conhecer meu Criador para que, pela graça, eu continue com firmeza a abrir espaço em meu coração para que ele cumpra sua vontade em mim, inclusive no ministério pastoral”, anotou em sua redação para o ingresso no SPN, em 1998. Ele formou-se no curso, foi ordenado pastor em 2003 e dirigiu igrejas nas cidades de Garanhuns e Saloá.
Hoje, aos 54 anos, Francisco trabalha como servidor público no Instituto Agronômico de Pernambuco. Ainda não curou todas as feridas e ressentimentos desde que, em 2010, entregou seu pedido de desligamento da denominação. Ele lamenta o tratamento recebido pelos seus superiores enquanto foi pastor. “Minha opinião sobre igreja não mudou. Nunca planejei um dia pedir licença ou despojamento do ministério. Mas entendo que somos o Corpo de Cristo, e, se uma unha dói, todos nós estamos doentes”, pondera. “Não é possível ser pastor sem pensar em restaurar vidas – e existem muitas vidas precisando de conserto, inclusive entre nós, pastores”.
A vida longe dos púlpitos ainda não foi totalmente sublimada e Francisco sabe bem que será constantemente indagado sobre sua decisão de deixar o ministério. “A impressão é que você deixou um desfalque, que adulterou ou algo parecido”, observa. Ele não considera voltar a pastorear pela denominação na qual se formou, porém não consegue deixar de imaginar-se como pastor. “Uma vez pastor, pastor para sempre”, recita, “muito embora as pessoas, em geral, acreditem que seja necessário um púlpito.”
Porta de saída
Pesquisa realizada nos Estados Unidos traçou um panorama dos problemas da atividade pastoral...
70% dos pastores admitem sofrer de depressão e estresse
80% deles sentem-se despreparados para o ministério
70% afirmam só ler a Bíblia quando precisam preparar seus sermões
40% já tiveram casos extraconjugais
30% reconhecem ter reduzido as próprias contribuições às igrejas após a crise financeira
... e avaliou as consequências disso:
1,5 mil pastores deixam o púlpito todos os meses
5 mil religiosos buscavam emprego secular no ano de 2009, mais do que o dobro do que ocorria em 2005
2 a 3 anos de ministério é o tempo médio em que os pastores deixam suas igrejas, sendo em direção a outras denominações ou não
Fontes: Barna Group, Christian Post, The Wall Street Journal, Instituto Francis A. Schaeffer e Instituto Jetro
Rebanho às avessas
A maioria dos pastores que se afastam de suas atividades ministeriais não abandona a fé em Cristo. Cada um deles, a seu modo, mantém sua vida espiritual e o relacionamento pessoal com Deus. Mas há quem saia do púlpito pela porta dos fundos, renegando as crenças defendidas com ardor durante tantos anos de atividade sacerdotal. Para estes – e, é bom que se diga, trata-se de uma opção nada recomendável –, existe a Freedom from Religion Foundation (“Fundação para o fim da religião”), entidade criada por ninguém menos que o mais famoso apologista do ateísmo da atualidade, o escritor britânico Richard Dawkins, autor do best-seller Deus, um delírio. Ele e um grupo de céticos lançaram o Projeto Clero, iniciativa que visa a apoiar ex-clérigos – pastores, padres, rabinos – no reinício da vida longe das funções religiosas. “Sacerdotes que perdem sua fé sofrem uma penalização dupla. Eles perdem seu emprego e, ao mesmo tempo, sua família e a vida que sempre tiveram”, argumenta Dawkins, no site do projeto. Não se tem notícia confiável de quantos ex-líderes aderiram ao Projeto Clero, mas parece óbvio que a ideia do refúgio ateu não é apenas abraçar sacerdotes cansados da vida religiosa, mas também engrossar o rebanho crescente daqueles que repudiam a possibilidade da existência de Deus.
Mudança difícil
Não foi uma escolha fácil. Quando o ex-pastor batista Osmar Guerra decidiu que seu lugar não era mais o púlpito, logo foi fustigado por olhares de decepção das pessoas que estavam ao seu redor e acreditavam em seu trabalho espiritual. Afinal, desde menino ele era o “pastorzinho” de sua igreja em Piracicaba, no interior paulista. Desinibido e articulado, o garoto, bem ensinado pelos pais na fé cristã, apresentava uma natural vocação para o pastorado. Por isso, foi natural sua decisão de matricular-se Faculdade Teológica Batista de São Paulo e, após os anos de estudo, assumir a função de pastor de adolescentes da Igreja Batista da Água Branca (IBAB), na capital paulista.
Começava ali uma promissora carreira ministerial. Osmar dividia seu trabalho entre as funções na igreja e as aulas de educação cristã, lecionadas no tradicional Colégio Batista. Tempos depois, o pastor transferiu-se para outra grande e prestigiada congregação, a Igreja Batista do Morumbi. Mas algo estava fora de sintonia, e Osmar sabia disso. Toda sua desenvoltura na oratória, sua capacidade de mobilização e seu espírito de liderança poderiam não ser, necessariamente, características de uma vocação pastoral. E, como dizem os jovens que ele tanto pastoreou, pintou uma dúvida: seu lugar era mesmo diante do rebanho? “Eu era um excelente animador. Mas me faltava vocação, e fui percebendo isso cada vez mais”.
O novo caminho, ele sabia, não seria compreendido com facilidade pela família, pelos amigos e pelas ovelhas. Mas ele decidiu voltar a estudar, e escolheu a área de rádio e TV. E, mesmo ali, não escapou do apelido de “pastor”, aplicado pela turma. Quando conseguiu um estágio na TV Record, percebeu que ficava totalmente à vontade entre os cenários, as produções e os auditórios. Com seu talento natural, Osmar deslanchou, e o artista acabou suplantando o pastor. Depois de pedir demissão da igreja, em 2005, ele galgou posições na emissora e hoje é o produtor de um dos programas de maior sucesso da casa, O melhor do Brasil, apresentado pelo Rodrigo Faro.
“Durante muito tempo, fiquei em crise”, reconhece hoje, aos 31 anos. “Tive medo de tomar a decisão de deixar de ser pastor. Mas, hoje, sinto-me mais confiante e honesto comigo mesmo e perante os outros”, garante. Longe do púlpito, mas não de Jesus, Osmar Guerra continua participativo na sua igreja, a IBAB, onde toca e canta no louvor. De sua experiência, ele se acha no direito de aconselhar os mais jovens. “Defendo que, antes do seminário, as pessoas busquem formação em outras áreas, ainda mais quando são novas”, diz. Isso, segundo ele, pode abrir novas possibilidades se o indivíduo, por um motivo qualquer, sentir-se desconfortável no púlpito. Contudo, ele não descarta o valor de um chamado genuíno: “Se, mesmo assim, a vontade de se tornar um pastor continuar, isso é sinal de que o caminho pode ser esse mesmo.”
Filme Somos Todos Diferentes
Filme Somos Todos Diferentes
O filme conta a história de uma criança que sofre com dislexia e custa a ser compreendida. Ishaan Awasthi, de 9 anos, já repetiu uma vez o terceiro período (no sistema educacional indiano) e corre o risco de repetir de novo.
As letras dançam em sua frente, como diz, e não consegue acompanhar as aulas nem focar sua atenção. Seu pai acredita apenas na hipótese de falta de disciplina e trata Ishaan com muita rudez e falta de sensibilidade.
Após serem chamados na escola para falar com a diretora, o pai do garoto decide levá-lo a um internato, sem que a mãe possa dar opinião alguma.
Tal atitude só faz regredir em Ishaan a vontade de aprender e de ser uma criança. Ele visivelmente entra em depressão, sentindo falta da mãe, do irmão mais velho, da vida… e a filosofia do internato é a de disciplinar cavalos selvagens. Inesperadamente, um professor substituto de artes entra em cena e logo percebe que algo de errado estava pairando sobre Ishaan.
Não demorou para que o diagnóstico de dislexia ficasse claro para ele, o que o leva a por em prática um ambicioso plano de resgatar aquele garoto que havia perdido sua réstia de luz e vontade de viver.
Filme "El Pozo"
EL POZO
UN THRILLER INTENSO
Por: Perla Schwartz
La gran mayoría de las películas que formaron parte de la XLV Muestra Internacional de Cine han tenido una rápida salida a la cartelera comercial, y ahora toca el turno al filme italiano El Pozo (Io Non ho Paura, 2003) del realizador Gabriele Salvatores.
La trama nos ubica en el año de 1978 en un muy caluroso día de verano en la zona de la Italia meridional. Un niño realiza una excursión en bicicleta y en su camino se encuentra con una casa abandonada, un pozo está cerca y, para su sorpresa, ahí hallará a un niño que es víctima de un secuestro.
El Pozo es una adaptación de la novela del joven escritor Niccolò Ammaniti, que se centra fundamentalmente en la relación entre ambos niños, la cual es muy conmovedora. No estamos ante un simple filme que maneje el tema del secuestro, sino ante el gran problema social que implican los plagios, así como ante la pobreza prevaleciente en varias regiones ítalas.
El protagonista es Michele (Giuseppe Cristiano), un niño de tez morena abierto a solidarizarse con su pequeño compañero en desgracia, Filippo (Mattia Di Pierro). No comprende a ciencia cierta lo que está pasando, pero se encuentra en la disposición de ayudarlo, le duele, y aunque no tome del todo conciencia al ver encadenado a Filippo, él destapa un suceso que está encubierto por los habitantes del lugar.
Salvatores desarrolla un buen ritmo narrativo con el que logra atrapar la atención del espectador de principio a fin. Por su parte, la fotografía de Italo Petriccione es espléndida al enmarcar el bello pero desolador paisaje donde transcurre la trama.
Estamos ante un thriller intenso que vuelve a reconfirmar el talento que su director ya había dejado patente en filmes como Nirvana (1997) y Mediterráneo (1991). El Pozo es una película que destaca en el gris panorama de la producción italiana actual.
El Pozo. Título original: Io Non ho Paura / I´m Not Scared. Dirección: Gabriele Salvatores. Guión: Niccolò Ammaniti y Francesca Marciano. Fotografía: Italo Petriccione. Música: Ezio Bosso y Pepo Scherman. Actúan: Giuseppe Cristiano, Mattia Di Pierro, Adriana Conserva, Fabio Tetta, Giulia Matturo y Aitana Sánchez-Gijón. Duración: 108 minutos. Italia, 2003.
VERSÃO EM PORTUGUÊS
Instituto Ann Sullivan - PUC-Rio: Games para crianças e jovens autistas
PUC-Rio: Games para crianças e jovens autistas
Dois alunos do mestrado do Departamento de Informática da PUC-Rio desenvolveram jogos para crianças autistas. A temática dos dois jogos foi a mesma, mas o assunto semelhante foi pura coincidência.
Com o auxílio de fonoaudiólogos, psicólogos e o feedback de mães de algumas crianças, o aluno de mestrado Rafael Cunha criou um game de computador para desenvolver o vocabulário e ajudar no aprendizado de palavras e imagens para crianças autistas de 5 a 9 anos.
A partir de uma interface atrativa, as crianças aprendem a distinguir objetos como tênis, sapato e chinelo, por exemplo, e, de acordo com as necessidades específicas de cada uma, é possível acrescentar outras palavras. O visual é bem infantil, com um esquilo simpático comandando as palavras e imagens.
— Fui incentivado pela minha esposa, Luciana Reis, que é fonoaudiologa. Na época ela procurava softwares educacionais apropriados para crianças com autismo. Então, percebemos que no Brasil existe uma carência de softwares educacionais apropriados para essas crianças — conta Rafael, de 32 anos. — Comecei a pesquisar e vi que muito podia ser feito e que os computadores podiam ajudar. Com eles é possível criar ambientes controlados, interessantes e sem distrações. Essas são consideradas características importantes para o sucesso no tratamento de pessoas com autismo.
Rafael relata que o desenvolvimento do conceito do game durou seis meses, e mais três meses de desenvolvimento para chegar uma primeira versão operacional.
— A próxima versão do game será para iPad, iPhone e dispositivos Android, incluindo mais personagens, cenários e novas palavras — explica. — A versão do jogo utilizada na pesquisa estará disponível até junho deste ano e, para usá-la, basta o usuário ter um computador com acesso à internet e um navegador com o plugin Adobe Flash Player instalado. O game ficará hospedado no site <jogoseducacionais.com>.
Os pais aprovaram os resultados com as crianças que participaram dos testes, comentando que elas aumentaram seu vocabulário e melhoraram na questão do foco e da concentração. O jogo estará disponível na internet assim que for testado em todas as plataformas e suas respectivas ferramentas (Android, Flash, tablets etc.). Mas já é possível mostrá-lo como funciona e todas as suas características.
O outro jogo foi criado pela estudante colombiana de mestrado Greis Mireya Silva Calpa, de 26 anos. Chamado PAR (de “Peço, Ajudo, Recebo”), o game é instalado em uma mesa touchscreen que permite a interação social de jovens autistas, entre 12 e 17 anos. No aplicativo, que poderá ser customizado conforme as necessidades de cada um, o jovem autista só consegue desenvolver uma tarefa se tiver ajuda de outra pessoa que também tenha a doença, o que o ajuda a identificar a importância de estar integrado aos demais. Uma das tarefas é vestir um time de futebol com um uniforme bem parecido com o da seleção brasileira. A mesa touchscreen está sendo testada desde 24/04 com oito crianças e jovens do Instituto Ann Sullivan, especializado no tratamento do autismo <institutoannsullivan.org.br>.
— A interface humano-computador apresenta muitas vantagens que podem ser usadas para usuários autistas, cuja população tem aumentado muito nos últimos anos — diz Greis. — Foi por isso que me interessei em pesquisar aplicações computacionais desenvolvidas para interfaces multitoque que permitem a interação de mais de uma pessoa ao mesmo tempo, contribuir no apoio do tratamento da interação social de usuários autistas.
O projeto de Greis começou em setembro de 2011, inicialmente pesquisando o autismo em si e estudando todo tipo de pesquisa apropriada para definir como iria ser desenvolvido o trabalho.
— A implementação foi desenvolvida em duas etapas, a primeira relacionada com o desenvolvimento do software e a segunda com a aplicação do software na população alvo. O desenvolvimento durou cinco meses e, no momento, estamos acertando os últimos detalhes do software para sua aplicação com os usuários — explica.
A mesa multitoque baseia-se no modelo DI (Diffuse Illumination) e consiste numa superfície de acrílico de 50 polegadas, com projetor utilizado um projetor para criar a superfície de toque.
— O software usado é o Community Core Vision e o protocolo empregado é o TUIO (Tangible User Interface [Open]), para realizar o tratamento dos toques sobre a superfície da mesa. A mesa foi desenvolvida na própria PUC-Rio, pelo TeCGraf, o grupo de tecnologia em computação gráfica — explica Greis.
A estudante pretende desenvolver uma segunda versão, mas, afirma que os melhoramentos necessários só serão identificados após a análise dos resultados obtidos na aplicação da versão em curso.
— Pretendo patentear o sistema assim que tiver os resultados coletados na aplicação desta primeira versão — revela. — Mas, quanto a comercializar o sistema, por ser uma implementação feita para usuários que precisam de apoio, é bem mais importante que seja disponível gratuitamente para quem precisar.
Dois alunos do mestrado do Departamento de Informática da PUC-Rio desenvolveram jogos para crianças autistas. A temática dos dois jogos foi a mesma, mas o assunto semelhante foi pura coincidência.
Com o auxílio de fonoaudiólogos, psicólogos e o feedback de mães de algumas crianças, o aluno de mestrado Rafael Cunha criou um game de computador para desenvolver o vocabulário e ajudar no aprendizado de palavras e imagens para crianças autistas de 5 a 9 anos.
A partir de uma interface atrativa, as crianças aprendem a distinguir objetos como tênis, sapato e chinelo, por exemplo, e, de acordo com as necessidades específicas de cada uma, é possível acrescentar outras palavras. O visual é bem infantil, com um esquilo simpático comandando as palavras e imagens.
— Fui incentivado pela minha esposa, Luciana Reis, que é fonoaudiologa. Na época ela procurava softwares educacionais apropriados para crianças com autismo. Então, percebemos que no Brasil existe uma carência de softwares educacionais apropriados para essas crianças — conta Rafael, de 32 anos. — Comecei a pesquisar e vi que muito podia ser feito e que os computadores podiam ajudar. Com eles é possível criar ambientes controlados, interessantes e sem distrações. Essas são consideradas características importantes para o sucesso no tratamento de pessoas com autismo.
Rafael relata que o desenvolvimento do conceito do game durou seis meses, e mais três meses de desenvolvimento para chegar uma primeira versão operacional.
— A próxima versão do game será para iPad, iPhone e dispositivos Android, incluindo mais personagens, cenários e novas palavras — explica. — A versão do jogo utilizada na pesquisa estará disponível até junho deste ano e, para usá-la, basta o usuário ter um computador com acesso à internet e um navegador com o plugin Adobe Flash Player instalado. O game ficará hospedado no site <jogoseducacionais.com>.
Os pais aprovaram os resultados com as crianças que participaram dos testes, comentando que elas aumentaram seu vocabulário e melhoraram na questão do foco e da concentração. O jogo estará disponível na internet assim que for testado em todas as plataformas e suas respectivas ferramentas (Android, Flash, tablets etc.). Mas já é possível mostrá-lo como funciona e todas as suas características.
O outro jogo foi criado pela estudante colombiana de mestrado Greis Mireya Silva Calpa, de 26 anos. Chamado PAR (de “Peço, Ajudo, Recebo”), o game é instalado em uma mesa touchscreen que permite a interação social de jovens autistas, entre 12 e 17 anos. No aplicativo, que poderá ser customizado conforme as necessidades de cada um, o jovem autista só consegue desenvolver uma tarefa se tiver ajuda de outra pessoa que também tenha a doença, o que o ajuda a identificar a importância de estar integrado aos demais. Uma das tarefas é vestir um time de futebol com um uniforme bem parecido com o da seleção brasileira. A mesa touchscreen está sendo testada desde 24/04 com oito crianças e jovens do Instituto Ann Sullivan, especializado no tratamento do autismo <institutoannsullivan.org.br>.
— A interface humano-computador apresenta muitas vantagens que podem ser usadas para usuários autistas, cuja população tem aumentado muito nos últimos anos — diz Greis. — Foi por isso que me interessei em pesquisar aplicações computacionais desenvolvidas para interfaces multitoque que permitem a interação de mais de uma pessoa ao mesmo tempo, contribuir no apoio do tratamento da interação social de usuários autistas.
O projeto de Greis começou em setembro de 2011, inicialmente pesquisando o autismo em si e estudando todo tipo de pesquisa apropriada para definir como iria ser desenvolvido o trabalho.
— A implementação foi desenvolvida em duas etapas, a primeira relacionada com o desenvolvimento do software e a segunda com a aplicação do software na população alvo. O desenvolvimento durou cinco meses e, no momento, estamos acertando os últimos detalhes do software para sua aplicação com os usuários — explica.
A mesa multitoque baseia-se no modelo DI (Diffuse Illumination) e consiste numa superfície de acrílico de 50 polegadas, com projetor utilizado um projetor para criar a superfície de toque.
— O software usado é o Community Core Vision e o protocolo empregado é o TUIO (Tangible User Interface [Open]), para realizar o tratamento dos toques sobre a superfície da mesa. A mesa foi desenvolvida na própria PUC-Rio, pelo TeCGraf, o grupo de tecnologia em computação gráfica — explica Greis.
A estudante pretende desenvolver uma segunda versão, mas, afirma que os melhoramentos necessários só serão identificados após a análise dos resultados obtidos na aplicação da versão em curso.
— Pretendo patentear o sistema assim que tiver os resultados coletados na aplicação desta primeira versão — revela. — Mas, quanto a comercializar o sistema, por ser uma implementação feita para usuários que precisam de apoio, é bem mais importante que seja disponível gratuitamente para quem precisar.
Palestra: Meu Filho Tem Autismo
Desde 2008, a AMA promove o programa de palestras “Meu Filho Tem Autismo”, com a finalidade de servir de apoio e ajuda para eliminar muitas das duvidas mais freqüentes entre os pais de crianças com autismo, tenham eles filhos na AMA ou não.
Estas palestras são ministradas por profissionais da AMA e convidados com a preocupação de levar conhecimento para ajudar os pais em seu dia-a-dia.
Estas palestras acontecem sempre na última segunda-feira do mês às 18h30 no endereço Rua Luis Gama, 890 – Cambuci.
Para participar basta levar um kg de alimento não perecível.
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JÔ SOARES FALA SOBRE SEU FILHO AUTISTA
JÔ SOARES FALA SOBRE SEU
FILHO AUTISTA
Do seu
primeiro casamento nasceu Rafael, hoje com 38 anos. Quando fala das habilidades
do filho, Jô se emociona. Ele toca piano, faz programa de rádio em casa, fala
inglês, aprendeu a ler sozinho aos 4 anos de idade. Tem o jeito de andar de
bonequinho, o humor e a musicalidade do pai. Sofre do chamado autismo "de alto
nível", como o personagem vivido por Dustin Hoffman em Rain Man. Rafael possui
uma boa capacidade de comunicação e inteligência, mas tem dificuldades motoras e
vive em uma espécie de mundo particular. "Estávamos em uma loja de livros e o
Rafinha separou vinte para levar", conta Jô. "Pedi que escolhesse alguns e ele
me respondeu: 'Não quero nenhum. Escolher é perder sempre'." Jô lembra-se com
desvelo de outras boas sacadas do filho, como quando disse durante uma partida
do Fluminense que o grito de guerra das torcidas estava desafinado. "Ele é
genial." "O Rafinha é diferente. Mas hoje eu não queria ter um filho diferente
dele."
Intervenção pedagógica para alunos com deficiência mental e autismo - Currículo Funcional Natural - Com Maryse Suplino
Intervenção pedagógica para alunos com deficiência mental e autismo - Currículo Funcional Natural - Com Maryse Suplino
A conferencista fala de uma metodologia utilizada na educação de pessoas com deficiência, principalmente autismo, que tem se mostrado eficaz para aquisição de habilidades e redução significativa de comportamentos inadequados.
Instituto Ann Sullivan
Rua Bolívia, n 51 - Engenho Novo - Rio de Janeiro
Telefone: (21) 2581-3473
Mary Suplino
email: suplino@suplino.ig.com.br
Livro Angústia - Graciliano Ramos
Livro Angústia - Graciliano Ramos
Luís da Silva tem 35 anos, é funcionário público, escreve eventualmente para os jornais e leva uma existência que se poderia considerar, em todos os aspectos, ordinária. No entanto, o seu mundo interior, cheio de "estranhos hiatos", está longe de ser banal. Narrador de sua própria história, Luís da Silva vive ruminando frustrações intelectuais, memórias da infância, o desejo incontrolável pela vizinha Marina e o ódio pelo bem-sucedido Julião Tavares, que lhe rouba a pretendente.
Escrito num andamento de pesadelo, mas com a concretude do pequeno detalhe cotidiano que é a marca do estilo de Graciliano Ramos (1892-1953), Angústia faz uma lenta imersão na consciência desse personagem complexo e atormentado, que afunda no inferno do ciúme e do ressentimento até cometer um ato extremo.
Como bem observou o crítico Otto Maria Carpeaux, "todos os romances de Graciliano Ramos são tentativas de destruição" - e este não foge à regra. "Não sou um rato, não quero ser um rato", repete para si o protagonista.
Lançado em 1936, quando o autor estava preso pelo governo de Getúlio Vargas, o livro ganhou o prêmio "Lima Barreto", da Revista Acadêmica, e contribuiu para fazer de Mestre Graça (como era conhecido pelos amigos) um dos maiores escritores da literatura brasileira.
Trecho do livro:
Levantei-me há cerca de trinta dias, mas julgo que ainda não me restabeleci completamente. Das visões que me perseguiam naquelas noites compridas umas sombras permanecem, sombras que se misturam à realidade e me produzem calafrios.
Há criaturas que não suporto. Os vagabundos, por exemplo. Parece-me que eles cresceram muito, e, aproximando-se de mm, não vão gemer peditórios: vão gritar, exigir, tomar-me qualquer coisa.
Certos lugares que me davam prazer tornaram-se odiosos. Passo diante de uma livraria, olho com desgosto as vitrinas, tenho a impressão de que se acham ali pessoas exibindo títulos e preços nos rostos, vendendo-se. É uma espécie de prostituição. Um sujeito chega, atenta, encolhendo os ombros ou estirando o beiço, naqueles desconhecidos que se amontoam por detrás do vidro. Outro larga uma opinião à toa. Basbaques escutam saem. E os autores, resignados, mostram as letras e os algarismos, oferecendo-se como as mulheres da Rua da Lama.
Vivo agitado, cheio de terrores, uma tremura nas mãos, que emagrecem. As mãos já não são minhas; são mãos de velho, fracas e inúteis. As escoriações das palmas cicatrizaram.
Impossível trabalhar. Dão-me um ofício, um relatório, para datilografar, na repartição. Até dez linhas vou bem. Daí em diante a cara balofa de Julião Tavares aparece em cima do original, e os meus dedos encontram no teclado uma resistência mole de carne gorda....
Debate entre Marcelo Freixo, Wagner Moura e José Padilha, na TV ALERJ, sobre o TROPA II
Um bate-papo incrementado sobre segurança pública e política com o Marcelo Freixo, o ator Wagner Moura e o cineasta José Padilha. O trio participou do programa Alerj Debate que foi ao ar no dia 12/4/12. José Padilha falou sobre a concepção dos filmes Tropa de Elite 1 e 2, Moura explicou como construiu o personagem do policial militar Nascimento e Freixo revelou suas impressões sobre o personagem Diogo Fraga, inspirado no deputado da vida real. No centro do debate, eles discutiram como se dá na sociedade a conexão entre o crime e a legalidade, em torno da disputa por poder e dinheiro. Cada um dos participantes oferece o seu ponto de vista sobre as relações quase sempre escusas e perigosas entre políticos, agentes da segurança pública e do crime organizado, por exemplo, em milícias que controlam com suas armas territórios que exploram economicamente e politicamente, na forma de currais eleitorais, no Rio de Janeiro.
Coraline: psicanálise em desenho animado
Coraline: psicanálise em desenho animado
A animação de Neil Gaiman é uma metáfora dolorosa sobre a passagem para a vida adulta
Gisela Anauate
Chapeuzinho Vermelho, João e Maria... Os contos de fada estão repletos de questões freudianas, assustadoras para as crianças, como o início da puberdade e o abandono dos pais. No livro Psicanálise dos Contos de Fada, o estudioso Bruno Bettelheim diz que, ouvindo ou lendo essas histórias, as crianças encaram vários medos, e acabam lidando com eles. Coraline e o mundo secreto, em cartaz no cinema, é bem mais "psicanalítica" nesse aspecto. O filme é uma adaptação do livro Coraline (Rocco), uma fábula escrita pelo quadrinista e romancista Neil Gaiman (famoso pela série Sandman).
A animação, de traços bonitos e pegada dark, traz uma charmosa e mal-humorada menina de cabelo azul: Coraline, que os desavisados insistem em chamar de “Caroline”, para sua imensa irritação. Ela se muda com os pais, dois autores de catálogos de jardinagem, para um palacete desbotado, num lugar onde só chove e nada parece interessante. Para completar, a menina não tem nenhum amigo, seus pais são dois chatos que não lhe dão atenção e os vizinhos são um bando de malucos. À noite, durante o sono, Coraline é despertada por um camundongo e, na sala da casa, descobre uma portinha misteriosa parecida com a que leva Alice ao País das Maravilhas. É como uma porta para seu inconsciente. Do outro lado, ela encontra uma casa quase idêntica à sua, mas muito mais bonita e arrumada. E, para sua surpresa, habitada por pais quase iguais aos seus, mas muito mais amáveis – e com botões no lugar dos olhos.
No novo mundo, os seres cozinham guloseimas, inventam mágicas, produzem espetáculos e fazem qualquer coisa para deixá-la feliz. A cada vez que passa pela portinha, no entanto, a esperta Coraline vai notando que há algo errado como esse sonho egocêntrico e esses pais-bonecos. A sua “outra mãe”, aparentemente superbacana, quer aprisioná-la com seu amor sufocante. A menina terá de superar seus desejos e passar por uma série de provações fantásticas para se salvar da bruxa superprotetora. As crianças podem ficar assustadas de verdade. Afinal, não é nada fácil crescer.
Livro Psicanálise dos Contos de Fadas
O Livro Psicanálise dos Contos de Fadas,
publicado pela Bertand Editora (8ª Ed, 1999) leva os leitores numa
maravilhosa viagem aos contos de fadas através da perspectiva psicológica e
social.
Bruno Bettelheim, psicólogo infantil reconhecido mundialmente pelo
seu trabalho com crianças autistas, Doutorado pela universidade de Viena e
radicado nos Estados Unidos da América, reflecte profundamente sobre os efeitos
benéficos dos contos infantis na criança, senão também nos adultos, ajudando
pais, educadores, professores e outros profissionais que atuam junto das
crianças a compreender os fantásticos impactos dos contos no desenvolvimento
pessoal, social e afectivo da criança.
Além do entretenimento, os contos
infantis fornecem à crianças pistas para a resolução dos seus problemas
desenvolvimentais, sejam estes lidar com as mudanças de vida, lidar com o
divórcio, enfrentar um amigo na escola, aprender a lutar pelo que se deseja,
aprender aganhar autonomia, lutar pela maturidade,libertar as emoções
recalcadas, etc.
Por outro lado, o leitor aprofunda conhecimentos ao nível
das teorias da psicologia, sociologia e psicanálise. Conhecidas expressões como
o Complexo de Édipo, o Inconsciente, Id, Ego, Superego, Integração,Autonomia,
Principio do Prazer versus Principio da Realidade, entre outras, serão
exploradas tendo sempre como ponto de reflexão principal um ou mais conto de
fadas e o seu efeito na criança.
Nesta obra absorvente, o leitor irá
contactar com histórias mundialmente conhecidas como Hansel and Gretel, A
Menina do Capuchinho Vermelho, A Bela Adormecida, A Gata Borralheira, Branca de
Neve, João e o Feijoeiro Gigante, A Bela e o Monstro, Barba Azul, entre
muitasoutras. Além disso, receberá pistas importantes sobre a arte de
contarhistórias, pois a verdadeira história infantil deve ser contada e não lida
ou visualizadapela criança: desta forma, a imaginação e criatividade dos
pequenos são elevadas ao máximo.
A leitura desta obra fará os adultos
retornarem à infância, reviverem a felicidade do conto popular e reflectirem
sobre a educação e evolução que desejam para as crianças de hoje, infelizmente,
tão desligadas do fabuloso mundo do conto de fadas.
A Esclerose Múltipla
A Esclerose Múltipla
Charles Peter Tilbery
A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica crônica, de caráter desmielinizante, que acomete o Sistema Nervoso Central (SNC). Ela acomete adultos jovens, entre os 20 e 50 anos, embora possa ocorrer em crianças e em indivíduos com faixa etária maiores, sendo mais freqüente em mulheres.Não é uma doença fatal e um grande numero de pacientes leva uma vida normal, porém seu caráter imprevisível e algumas vezes incapacitante interfere em diversos aspectos da vida do paciente. A EM tem características muito peculiares, que a diferencia das demais doenças neurológicas, como a disseminação no tempo e no espaço, isto é, diferentes sintomas podem aparecer simultaneamente em diferentes áreas do SNC e ocorrem diversas vezes ao longo do tempo. Os períodos onde há o aparecimento de novos sintomas ou piora já existente, chamamos de surtos, exacerbações ou ataques. Aqueles de estabilidade da doença, com sintomas residuais ou sem nenhuma manifestação neurológica são chamados de períodos de remissão ou estabilidade. Não é raro que as primeiras manifestações da doença não sejam reconhecidas. Isto ocorre, porque os sintomas que iniciam o quadro são muito variáveis e a forma de apresentação da doença não é constante, como será discutido mais adiante.Os fatores desencadeantes, como estresse emocional ou físico, processos infecciosos, perdas afetivas ou financeiras que muitas vezes antecedem os primeiros sintomas são freqüentemente confundidos com manifestações psíquicas, gerando confusão e dificuldades no diagnóstico. A incerteza frente ao diagnóstico é um fator que gera estresse, dúvidas e ansiedade, já que o intervalo médio entre aparecimento dos primeiros sintomas e sinais e o diagnóstico da doença é de aproximadamente quatro anos. Após o diagnóstico, o paciente se depara com a imprevisibilidade, que é uma das piores características da doença. Os períodos de piora dos sintomas e a evolução incerta, em associação às flutuações constantes, interferem de forma decisiva na vida destes pacientes.
E afinal, o que é Esclerose Múltipla?
O SNC consiste do cérebro, medula espinhal e nervos cranianos, como por exemplo, os nervos ópticos. Uma substância gordurosa e de aparência esbranquiçada chamada mielina, forma uma bainha que envolve e protege as fibras nervosas do SNC, tornando possível a rápida condução dos impulsos nervosos. Qualquer dano ou destruição a esta bainha interfere na transmissão do impulso nervoso, impedindo que as mensagens sejam enviadas da forma adequada. Devido ao aspecto da bainha de mielina, a EM é identificada como uma doença que acomete principalmente a substância branca.
Na EM a mielina é afetada em múltiplas regiões do SNC, ocorrendo inicialmente um processo inflamatório, que atrapalha a transmissão do impulso nervoso, causando os sintomas experimentados pelos portadores de EM. Estes sintomas podem desaparecer quando a inflamação é resolvida ou a bainha de mielina poderá ser afetada de forma definitiva, levando ao acumulo de um tecido cictricial enrijecido (esclerose). Estas regiões destruídas são chamadas de placas ou lesões, o que dá origem ao nome da doença – Esclerose Múltipla ou Esclerose em placas. Embora muitas destas lesões não causem sintomas visíveis, outras produzem os diversos sintomas observados na doença, interferindo nas funções ou sensações controladas na área especifica do SNC. Além disso, a interrupção dos estímulos nervosos podem interferir ou interromper a comunicação entre as diferentes partes do SNC, o que contribui para o aparecimento dos sintomas.
O que causa a Esclerose Múltipla?
A causa exata da EM é desconhecida, porém acredita-se que o dano à mielina seja resultante de uma resposta anormal do sistema imunológico do individuo, sendo considerada uma doença auto-imune. Em situação normal, o sistema imunológico é o responsável pela defesa do nosso corpo contra vírus, bactérias ou outras substâncias agressoras externas. Na EM o sistema imunológico não reconhece a mielina como sendo parte do corpo do individuo, e a ataca como se ela fosse um agente agressor. Embora os mecanismos imunológicos envolvidos no processo que leva a inflamação e eventualmente lesão da bainha de mielina sejam conhecidos, o que leva o sistema imunológico a ter este comportamento ainda é objeto de estudos. Aparentemente existem diversos fatores envolvidos no aparecimento da EM, como os fatores genéticos e ambientais, porém, as respostas não são definitivas.
É bem conhecida a interferência dos fatores genéticos para o aparecimento da EM, conforme demonstrado em inúmeros estudos. A composição étnica da população também é importante, sendo mais freqüente em indivíduos com ascendentes europeus, embora possa ocorrer em negros e asiáticos. Em outras etnias, como por exemplo, nos esquimós e índios maoris, a doença parece ser inexistente. Embora os estudos indiquem haver uma maior susceptibilidade individual, podemos afirmar que a EM não é transmitida dos pais para os filhos. Desta forma, pais com EM podem ter seus filhos normalmente. As mulheres devem sempre planejar a gravidez, sob orientação médica adequar os medicamentos que faz uso para este período da vida. Os aspectos genéticos da EM serão discutidos com maior detalhes em outro capítulo.
Dentre os fatores ambientais, além da distribuição geográfica – maior incidência nos paises do hemisfério norte – a exposição a vários agentes, sejam eles agentes infecciosos não específicos, alimentação, estresse físico ou psíquico, entre outros, também estão envolvidos no aparecimento da doença. Em alguns momentos e por motivos desconhecidos, a EM ocorre com mais freqüência em uma determinada região. Este fato ajuda os pesquisadores a compreenderem melhor a causa da EM, porém, até o momento, nenhum fator causal foi identificado e o significado disto ainda é desconhecido. Existe muita discussão sobre os fatores que contribuem para o aparecimento da doença ou para desencadear os períodos de surto ou exacerbação. Infelizmente, os dados não permitem conclusões definitivas, porém algumas causas tem sido discutidas:
Causa viral: Especula-se que o contato com alguns vírus pode ser base para o aparecimento da EM. Isto ocorre, pois é bem conhecido o fato que alguns vírus levam ao aparecimento de diversas doenças desmielinizantes em animais e seres humanos. Embora estudos epidemiológicos sugiram que o contato com agentes virais, como o do sarampo, rubéola e herpes, entre outros, possa estar envolvido no aparecimento da EM, não há ainda nenhum estudo que comprove a correlação entre vírus e a desmielinização observada na EM. A EM não é contagiosa e esta possível correlação com virose ou outras infecções afeta unicamente a pessoa com predisposição genética para EM.
Metais Pesados: Embora o envenenamento com metais pesados como o mercúrio, o manganês ou o chumbo cause danos ao SNC, levando a sintomas como tremor ou fraqueza, o tipo de lesão e a evolução da doença é completamente diferente da que observamos na EM. Embora seja referido por alguns, não há nada que comprove cientificamente que a amálgama colocada nas obturações dentárias seja uma das causa da EM.
Trauma: Os traumas como causa da EM ou fator desencadeante de surtos ou ataques tem sido objeto de controvérsias. Hoje é bem estabelecido que, o trauma não é um fator que colabore para o aparecimento da doença e não tem nenhuma relação com a presença de surtos, embora em função do acometimento neurológico os portadores de EM sofram mais traumas que a população em geral.
Alergias: Não existem evidencias que substancias que causem alergia em determinados indivíduos estejam envolvidos na causa da EM. Assim, não há base científica para tratamentos com substâncias antialérgicas na EM.
Vacinação: Embora seja um assunto muito controverso, até o momento não há base científica para que seja feita uma correlação entre vacinação e EM. Recentemente foi demonstrado que a vacinação para hepatite B não é fator desencadeante de EM nem causa exacerbação da mesma. Estudos demonstraram que a vacinação para hepatite B, sarampo, rubéola, tétano, influenza e varicela podem ser usados com segurança nos indivíduos com EM.
Dieta: Uma dieta balanceada é recomendável para todos os pacientes com doença crônicas, sendo indicada uma dieta rica em fibras e pobre em gorduras, porém, não há nenhum indicativo que determinadas dietas levem ao aparecimento da EM ou piora dos seus sintomas.
Estresse: Embora existam muitos estudos que verifiquem a possibilidade de uma correlação entre estresse e EM, os resultados são controversos. Em muitas citações, os eventos estressantes, como separação, morte de um familiar, entre outros ocorreram muitos anos antes do aparecimento da EM e em outros, num período imediatamente anterior. Acredita-se que o estresse possa afetar o momento em que os surtos ou exacerbações ocorrem, sem alterar o curso da doença, porém não há conclusões definitivas sobre este tema. Concluindo, a predisposição genética somada a exposição aos fatores ambientais na infância e adolescência leva ao desenvolvimento de uma situação que predispõe ao aparecimento da EM. A semelhança entre os agentes aos quais o individuo esteve exposto anteriormente com aqueles presentes no ambiente na sua idade adulta, irá desencadear toda uma reação imunológica com ativação do processo de EM. No SNC, esta reação é responsável pela reação inflamatória que agride a bainha de mielina, ocasionando o aparecimento dos sintomas. Embora muitas dúvidas persistam quanto a causa da EM, atualmente temos um grande conhecimento sobre a imunologia da doença, o que permitiu um grande avanço no desenvolvimento de tratamentos específicos, que retardam a progressão da mesma. Vários estudos vem sendo realizados para esclarecer esta questão, e com certeza em algum tempo teremos respostas concretas que permitirão a introdução de mais avanços no tratamento da EM.
Obras consultadas:
Helmut j.Bauer & Dietmar Seidel. Esclerose Multiple. Manual Practico.Fundacion Esclerosis Multiple.Barcelona, Espanha, 1996.
Rosalind C.Kalb.Esclorese Múltipla. Perguntas e Respostas. ABEM – Associação Brasileira de Esclerose Múltipla. São Paulo, Brasil,2000.
Camilo Arrigada Rios & Jorge Nogales-Gaete. Esclerose Multiple.Uma Mirada Ibero-Panamericana. Arrynog Ediciones.Chile Santiago,2002.
Esclerose Multiple.Perguntas Y respuestas.Federacion Espanola para la lucha contra la Esclerosis Multiple.Madrid, Espanha.
Sites na internet para consulta:
ASSOCIAÇÃO DOS PORTADORES DE ESCLEROSE MÚLTIPLA DA BAIXADA SANTISTA
Programa PACO
A área da saúde que lida com a esclerose múltipla, tem como sua principal preocupação, proporcionar qualidade de vida para o paciente. Dentro deste espírito, a TEVA criou o Programa de Atendimento Continuado em esclerose múltipla, o Paco.
O Paco é um programa gratuito para ajudar pacientes portadores de esclerose múltipla , cuidadores, profissionais da área da saúde e as pessoas que estão envolvidas com o tratamento desta patologia fornecendo dicas e informações através de uma equipe de enfermagem. Além disso, todos os pacientes cadastrados no programa recebem materiais de apoio e visitas de enfermeiras em casa para algumas regiões, sem pagar nada por isso.
Materiais de Apoio:
Autoject - dispositivo facilitador da aplicação Guia de aplicação e DVD – material impresso e DVD com imagens que facilitam o aprendizado sobre a aplicação Bolsa térmica – para transportar a medicação Caixa coletora – descartar as seringas usadas InfoPACO – jornal informativo sobre saúde O paciente ou familiar que queira se inscrever no Paco poderá ligar para o telefone 0800-772-2660, de segunda a sexta, das 8 às 17h e será atendido por equipe de enfermagem
http://www.apembs.com/apoio/paco.html
PAP - PROGRAMA DE ATENDIMENTO A PACIENTES COM ESCLEROSE MÚLTIPLA
PAP - PROGRAMA DE ATENDIMENTO A PACIENTE COM ESCLEROSE MÚLTIPLA
Através do PAP o paciente conta com:
Equipe de farmacêuticas e psicólogas que podem sanar dúvidas que o auxiliam em seu dia a dia através de ligação gratuita. – Atendimento telefônico 0800
*Equipe de enfermeiras as quais visitam os pacientes em sua residência, trazendo novidades e dicas sobre qualidade de vida. – Atendimento residencial
Revista Mãos Dadas – publicação com entrevistas, lazer, novidades científicas, etc. Numa linguagem direcionada ao paciente, a revista Mãos Dadas traz sempre informações atuais, importantes para os pacientes que estão sempre em busca de informações
Coleção Vivendo Melhor – publicação desenvolvida sempre por profissionais de saúde conhecedores da patologia, onde abordam aspectos da EM, como Alterações Urinárias, Sexualidade, Fadiga, etc.
Kit PAP – um kit direcionado aos pacientes em uso de Rebif ® 44 ou 22mcg para auxílio durante o transporte e uso da medicação. Neste kit o paciente encontra:
Bolsa Térmica
Gelo Reciclável
Auto-aplicador
DVD
Diário de Tratamento
Sachets para limpeza do local de aplicação
*Consulte regiões de atendimento
Formas de acesso: 0800 11 3320
E-mail: pap@serono.com
Site: www.rebif.com.br
Café Filosófico: Dizer não ao consumo predatório – é possível? – Ricardo Guimarães
Café Filosófico: Dizer não ao consumo predatório – é possível? – Ricardo Guimarães
A palestra vai abordar diferentes aspectos do desejo de consumir vis a vis os valores éticos que as pessoas professam – e também o esforço que as empresas fazem – aquelas que têm programas consistentes de sustentabilidade – para se relacionar com os consumidores de modo diferente.http://www.cpflcultura.com.br/2009/12/01/integra-dizer-nao-ao-consumo-predatorio-e-possivel-ricardo-guimaraes/
Esclerose Múltipla
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