Especialistas estimam que 800 mil menores sofrem violência de gênero em casa

Especialistas estimam que 800 mil menores sofrem violência de gênero em casa

El País
 
M. R. Sahuquillo
N. Galarraga
Madri (Espanha)
Lorena tem muito poucas lembranças alegres de sua infância. Não conseguiu lembrar de uma noite tranquila nem de um dia de paz. Em sua casa, os gritos e a violência física eram constantes. Também o silêncio angustiado que antecedia os insultos e as surras que seu pai infligia à sua mãe. E sua impotência por não poder fazer nada. Há três anos mãe e filha fugiram do pesadelo de violência machista no qual Lorena praticamente havia nascido. Acabava de completar 21 anos. “Fomos dar um passeio e não voltamos mais. Saímos com a roupa do corpo”, explica. Enquanto fala não deixa de retorcer o colar com tensão. Não teve infância nem adolescência. Cresceu como uma menina assustada, uma criança que nem espirrava “para não incomodar”.
Vanessa, jornalista de 29 anos, e Miriam, professora de 24, junto com suas outras duas irmãs, viveram submissas a seu pai durante anos. Sempre com medo de cometer algum erro – ou o que era visto como erro por ele – e com o pânico diante da certeza da represália. “Sempre tive medo do meu pai”, conta por telefone Beatriz, de 23 anos, que com sua mãe acaba de terminar um longo tratamento num centro para mulheres vítimas da violência machista e pelo qual também passaram há alguns anos as outras três jovens de vinte e poucos anos, e para onde voltaram uma manhã para contar sua experiência. Viveram num ambiente violento até que conseguiram fugir de seu carrasco. “Um homem que me foi imposto. A quem eu não escolhi”, afirma uma delas.
Seu caso não é único. Cerca de 800 mil crianças convivem com situações de violência de gênero na Espanha, segundo uma estimativa do Ministério da Igualdade – um número derivado da macropesquisa anônima sobre violência de gênero feita em 2008. Delas, cerca de 200 mil são filhos de mulheres com ordens de proteção. São vítimas e testemunhas que também sofrem por causa da invisibilidade que este rótulo traz e que podem chegar a sofrer sequelas muito palpáveis. “Depressão, transtornos de alimentação, ansiedade... A aprendizagem e a repetição do que veem em casa também acontece: agressividade no caso dos meninos e submissão no caso das meninas”, explica a psicóloga Beatriz Sevilla, especializada neste tipo de violência.
Até agora, este ano, 42 mulheres foram mortas pelas mãos de seus parceiros, 12 a mais que no mesmo período do ano passado. O balanço é alarmante. Mais ainda se levar-se em conta que três crianças foram assassinadas junto com suas mães, e 24 ficaram sem elas para sempre. É muito frequente que essas crianças se transformem também em vítimas diretas das agressões. “O maltrato aos filhos é uma das formas que o agressor encontra para fazer dano à parceira. Atacam sempre onde dói mais”, explica Miguel Lorente, delegado de Violência de Gênero.
Vanessa se transformou numa mulher forte. Já não tem medo e não suporta ouvir argumentos como “não o deixo por causa dos meus filhos” da boca de uma mulher maltratada. “Isso me dá muita raiva”, diz arregalando os olhos. Esta é sua mensagem para as mulheres: “não fique em casa por causa de seus filhos. Vá embora! Seus filhos não precisam de um pai assim”. Diz uma pessoa que não teve infância nem adolescência. Alguém que agora é mãe. “Se uma mulher se sente indefesa, que se coloque na pele da criança”, suplica sua irmã Miriam.
Ambas sabem que, infelizmente, este argumento não é incomum. Cerca de 16,6% dos espanhóis acreditam que se uma mulher fica com seu agressor ou o perdoa é por causa de seus filhos, segundo a pesquisa sobre percepção da violência de gênero realizada pela Igualdad. “É preciso conscientizar a população de que isso não é assim. De que permanecer nessa situação é pior para as crianças”, explica o delegado Lorente. Conscientes deste ângulo do problema, uma das primeiras campanhas contra a violência machista do ministério de Bibiana Aído tinha como tema a frase “Mamãe faz isso por nossa causa”. “A criança sofre pelo seu maltrato e o de sua mãe, que às vezes dói mais”, contam as irmãs Vanessa e Miriam. Elas, além disso, também foram vítimas diretas. Sofreram os abusos sexuais e estupros de seu pai durante anos. Nunca puderam contar nada. Ele gosta muito de caça, guardava em casa várias escopetas “sempre carregadas” e dormia com um revólver debaixo do travesseiro. Durante aqueles anos, nem podíamos nos consolar umas às outras. “Ele provocava intrigas, mentia, fazia todo o possível para que nós déssemos mal”, dizem. As agressões a sua esposa e os abusos e estupros de suas filhas renderam a ele uma condenação de 19 anos de prisão.
A ONG Save the Childern, que em 2006 elaborou o informe “Atenção aos meninos e meninas vítimas da violência de gênero”, insiste que deve ficar claro que os filhos que vivem a violência de gênero no lar também são vítimas desse rótulo. “Ainda que não a sofram diretamente ou não a vejam, sua vida fica marcada para sempre e precisam de atenção especializada para recuperar-se”, diz Yolanda Román, diretora de campanhas da ONG. Ago que nem sempre acontece.
A ONG e a Fundação IRes calculam que só 4% dos menores que viveram situações de violência de gênero recebem esta ajuda. “Normalmente, quem é atendida é a mulher, e através dela os menores”, explica Fe Paz, diretora de um dos centros de atenção às mulheres da Federação de Mulheres Separadas e Divorciadas, que assegura que esta carência se dá porque em muitos casos, para atender a criança, é necessária a permissão de ambos os progenitores. Um ponto do qual a Igualdad discorda. “Pode-se recorrer ao juiz ou a serviços sociais se for considerado que a criança precisa de atenção”, argumenta Lorente.
Román reconhece que muito se avançou, mas que os filhos ainda são “um acréscimo, uma variável com a qual muitas vezes não se sabe o que fazer”. A Save the Childern se preocupa com o fato de que algumas comunidades não admitam as crianças maiores de 12 ou 13 anos nos centros de atenção a mulheres. “Eles os separaram, levam a centros de menores. É terrível”, diz Román. A especialista ressalta que o mais alarmante é que a atenção que recebem os filhos das vítimas de violência machista depende da região onde vivem. Por isso pede que se garanta uma resposta mínima homogênea em todo o país.
Esta opinião é compartilhada por Consuelo Abril, porta-voz da Comissão para a Investigação dos Maus-Tratos para o Congresso, uma organização de especialistas e juristas. Esta advogada sustenta, além disso, que ainda há grandes carências na atenção às crianças. Ainda que apareçam na Lei Integral de Violência de Gênero de 2005, os menores não estão suficientemente contemplados nela, sustenta. Para Abril, a chave é a “recuperação”. É uma questão prioritária trabalhar com esses menores para que, além de se curarem, não voltem a repetir os papeis que viveram”, explica. Lorena conta que os episódios de violência que sofreu em casa a transformaram numa pessoa dócil e desconfiada em relação aos homens. “Se desde pequeno você é educada assim [num ambiente violento], você acha que é o normal”, diz ela.
Pouco a pouco, dia a dia, a crueldade de quem maltrata faz uma grande ferida nas crianças. Um exemplo disso é visto no informe da Save the Children de 2006: “Um menino de dois anos chamava sua mãe de 'puta' porque achava que era o nome dela, porque o pai a chamava assim”. Beatriz lembra de algo muito parecido: “meu pai chamava minha mãe de imbecil e dizia que não é era um insulto”. Quando era pequena a jovem acreditava que os adultos não se beijavam. “A primeira vez que vi os pais de uma amiga se beijando, pensei: 'os pais dela são diferentes dos meus'”, conta.
Lorena e Beatriz – filhas únicas – não conhecem Vanessa e Miriam. Nunca falaram entre si. Suas histórias, entretanto, e alguns de seus gestos, têm muito em comum. Seus pais pressionaram, intimidaram e forçaram até conseguir que suas famílias se isolassem do mundo. “É o mesmo que fazem com as mulheres, as separam de seus amigos, de suas famílias, de todo seu entorno para que fiquem sozinhas e dependentes. Para que não tenham ninguém a quem recorrer e pensem que não têm nada”, explica Paz.
Vanessa, Miriam e suas irmãs nunca foram à casa de seus colegas de escola. “Não podíamos ir à casa de ninguém nem eles podiam vir na nossa. Nem mesmo para fazer um trabalho em grupo”, conta Miriam. As ordens eram claras: do colégio para casa. Assim como para Lorena. Seu pai havia cronometrado que levava só dez minutos para chegar da porta de casa até a escola. “Eu não podia demorar nenhum minuto a mais”. Uma vida sem amigas, isolada. “Só lembro de ir ao parque com meus avós. Não tinha mais ninguém. Vivia numa bolha”, diz Lorena.
Miriam relata que em sua casa não havia nem brinquedos ou presentes em seus aniverários. “Nosso pai não dava umas surras de morte. Mas não fazia falta, ele nos maltratava psicologicamente”, dizem as irmãs. Estavam totalmente anuladas. “Até que um dia decidi parar de comer”, conta Vanessa cruzando os braços com resolução. “Pensei: 'não como, morro e pronto'”, diz ela. Foi isso que fez com que sua mãe se desse conta de que, além das surras constantes que ela sofria, seu carrasco também estava maltratando suas filhas.
Assim, vieram à tona as violações. E as cinco mulheres se foram. As irmãs, sentadas num sofá, olham uma para a outra. Faz oito anos que fugiram. Refizeram suas vidas e são felizes. Miriam sorri ao lembrar um detalhe que agora parece surrealista. “Antes de irmos, minha mãe deixou o jantar pronto para meu pai. E dinheiro, caso precisasse”, conta. “Essas mulheres não são vítimas, são sobreviventes”, diz Paz. Ela sabe disso muito bem. Todos os dias vê casas como o dessas quatro mulheres. “A capacidade de se recompor do ser humano é imensa”, diz.
“Quantas crianças estão vivendo esse horror sem que ninguém saiba?”, pergunta-se Abril, que diz que é preciso fomentar os mecanismos de detenção e prevenção da violência de gênero. O delegado para violência de gênero explica que os professores e os médicos de pronto socorro têm um papel fundamental. Miriam, que agora é professora, também vê o assunto do outro lado, e explica que é possível ver alguns indícios. “É preciso abrir os olhos. Se uma criança se comporta de forma estranha, se ela se isola de seus colegas, não faz os trabalhos ou não traz os livros, se nunca se dá bem com ninguém... é preciso investigar por quê”. Em seu caso ninguém se deu conta. Tampouco no caso de Lorena. Elas também não podiam contar nada.
“É muito difícil dizer nada. Você também fica cega, porque é seu pai, imagina-se que ele deve gostar de você”, diz Lorena. Beatriz esteve a ponto de chamar a polícia: “Marquei o telefone milhares de vezes. Mas não liguei. Se o levassem à delegacia o que aconteceria depois? Dão uma solução imediata, mas você precisa de uma que te salve a vida”. Não pode evitar um soluço audível do outro lado do telefone a ser questionada sobre seu pai: 'por mais terapia psicológica que eu faça, me tiraram o direito ao carinho do meu pai. E isso foi decisão dele.”
Muitas vítimas só começam a viver sua vida depois da reabilitação. Lorena aproveitou como nunca durante umas férias com suas amigas em Tenerife. De repente, sair à noite ou desligar o celular era a felicidade. “É como se eu vivesse de verdade pela primeira vez.”
A Igualdad e as comunidades autônomas da Espanha assinaram um convênio para dedicar mais fundos para o cuidado com os filhos das vítimas da violência machista. O ministério estuda, além disso, fórmulas jurídicas para que a retirada da custódia dos filhos seja automática dos homens que maltratam e são condenados. Algo que Abril considera fundamental e que estava entre as propostas de melhoria da lei integral que a comissão de Violência e Gênero do Congresso envio para a Igualdad. Lorente esclarece que agora os juízes podem retirar a custódia. “Trata-se de simplificar a fórmula. A custódia deve ser exercida sempre em benefício do menor. As crianças se veem enormemente afetadas pela violência. Precisam tomar distância dessa situação”, diz.
Vanessa e Miriam temem o dia em que seu pai saia da prisão. O pai de Beatriz é obrigado a manter uma distância de um quilômetro dela, e ela tem um telefone de emergência. O de Lorena morreu. “Dá uma tranquilidade de certa forma porque era ele ou eu. Mas de certo modo também o amo.”

A ciência por trás do filme A Origem

A ciência por trás do filme A Origem

Neurocientista explica quais são os erros e acertos científicos da produção estrelada por Leonardo DiCaprio

Sidarta Ribeiro*

http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/a-ciencia-por-tras-do-filme-a-origem

Cena do filme A Origem"A Origem é uma condensação vertiginosa de cem anos de psicanálise, neurobiologia, filosofia e cinema"

A Origem é um filme desafiador. Num mundo não muito distante do nosso, em que existe tecnologia para invadir sonhos é realidade, um espião  altamente capacitado tem sua chance final de redenção condicionada à realização de uma missão impossível: implantar uma idéia estranha na mente de uma pessoa, capaz de levá-la a fazer algo que não quer. Na superfície, trata-se de um barulhento filme de ação típico de Hollywood, com tiros, perseguições de carros e muitas explosões. Na profundeza, é uma condensação vertiginosa de cem anos de psicanálise, neurobiologia, filosofia e cinema. Cientificamente, acerta um tanto e erra outro tanto.

O filme é composto de cinco narrativas, uma dentro da outra, articuladas em diferentes velocidades temporais com uma clareza desconcertante. Além do protagonista, cinco personagens adentram o sonho da vítima do golpe, para ajudar na difícil tarefa de semear o germe de uma ideia indesejada. Atuando de forma coordenada, tentam convencer a vítima a descer mais e mais profundamente, passando de um sonho a outro, até um local em que a ideia estrangeira possa ser plantada com sucesso.

Indução — Voltando para o mundo real (real em termos, já que a ciência não tem como provar que não estamos sonhando), com a tecnologia atual é possível induzir uma pessoa ao sono. Fazer a mesma pessoa sonhar é mais difícil. Substâncias precursoras de dopamina e acetilcolina afetam o sonho. O DMT (Dimetiltriptamina, uma substância psicodélica), contido na Ayahuasca, gera padrões de ativação cerebral e de experiência psicológica semelhantes aos observados durante o sonho. Mas os estudos ainda são incipientes.

Cientificamente é possível sonhar que se está sonhando, como muitos de vocês já devem ter experimentado e como acontece no filme. Mas ninguém sabe ao certo quantas camadas um sonho pode ter. Talvez milhares, talvez apenas duas ou três. Também não há dados sólidos a respeito.

Invasão — Em A Origem, tudo acontece como se a tecnologia para fazer o implante fosse algo já estabelecido. Fora das telas, nada disso existe. Para realizar a invasão de sonhos seria necessário decodificar o sonho a ser invadido e ser capaz de inserir conteúdo novo nele, não próprio do sonhador original. A primeira parte talvez seja possível em um futuro não muito distante, a segunda parece mais difícil.

No que diz respeito à decodificação, nos últimos anos foram publicados artigos mostrando que é possível descobrir o que a pessoa está imaginando através da análise da ativação do córtex visual. Existe um truque aí, porque antes de fazer o experimento de "leitura de mentes", a pessoa é submetida a uma bateria de imagens visuais, e sua ativação no córtex visual é gravada, gerando um mapa de possíveis estados que depois serve de base para a codificação de imagens novas, ainda não apresentadas ao sujeito. Com ou sem truque, é uma façanha e tanto. No que diz respeito à invasão, nossa tecnologia para estimular o cérebro com eletricidade ou campo magnético ainda é muito grosseira para se pensar em causar imagens específicas numa pessoa.
Enquanto no filme o equipamento necessário para entrar nos sonhos cabe em uma maleta, os aparelhos atualmente existentes que permitem ver um cérebro sonhando são uma combinação de magnetoencefalografia (bem mais poderosa do que a eletroencefalografia comum) e ressonância magnética funcional. São técnicas que requerem o uso de aparelhos enormes, do tamanho de um carro cada, caríssimos. Mesmo eles não resolveriam o problema, esbarraríamos nas limitações citadas acima, mas pelo menos seria o melhor possível.
O ator Leonardo di Caprio, em cena do filme 'A Origem' O ator Leonardo di Caprio, em cena do filme A Origem
Ritmo acelerado — Uma vez dentro do sonho, o filme mostra que a cada camada o tempo passa mais devagar: um segundo no mundo dos acordados significa cinco minutos na primeira camada de sonho, duas horas na segunda, e assim por diante. Ponto para o filme. Existem algumas evidências em ratos de que a compressão temporal do processamento neuronal varia conforme as diferentes fases do sono. O resto é a imaginação de Christopher Nolan, o diretor do filme. Mas ele chega perto quando define a morte, dentro do sonho, como uma das formas para despertar. É muito difícil que as pessoas sonhem com a própria morte, embora algumas afirmem ter sonhos assim. No caso de A Origem, como acontece com a maioria das pessoas, morrer faz com que a pessoa acorde.
O filme também acerta em mostrar pessoas que sabem que estão dentro de um sonho, como os agentes contratados para implantar as ideias. Quando começamos a perceber que estamos sonhando, há quem consiga permanecer nesse estado sem despertar ou regressar para o sonho comum, equilibrando-se entre o espanto e a inconsciência. Se torna um sonhador lúcido, capaz de criar o enredo onírico com sua própria vontade, simulando o que quiser.

Chuva onírica — A perturbação do sonho através da interferência sensorial - como a cena em que chove porque o dono do sonho está com vontade de ir ao banheiro - tem base científica. Como notou Freud, estímulos externos entram no sonho e são ressignificados, de forma que "o sonho protege o sono". Isso ocorre até um certo ponto, além do qual a pessoa acorda.

O mais interessante em “A Origem” é como o personagem principal enfrenta a impossibilidade de ter certeza sobre os limites da realidade. O desejo é motor do sonho, e o sonho não cessa. Repressão de memórias e loucura se entrelaçam, seguindo o fio condutor das idéias de Freud. Mas o espectador é levado ainda mais longe, saltando por cima das divergências acadêmicas no campo das psicologias e das neurociências para interrogar de modo incisivo, equipado com tudo que sabemos, qual é a arquitetura última da mente. Nada mal para um blockbuster.

*Sidarta Ribeiro é doutor em neurociências pela Universidade Rockefeller (2000), chefe de laboratório do Instituto Internacional de Neurociência de Natal (IINN-ELS), professor de Neurociências da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), pesquisador do Instituto de Ensino e Pesquisas do Hospital Sírio Libanês e pesquisador-colaborador da Universidade Duke (EUA).

Filme A Outra Face da Raiva em DVD

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Elenco: Joan Allen, Kevin Costner, Erika Christensen, Evan Rachel Wood, Keri Russell, Alicia Witt, Mike Binder, Tom Harper.Direção: Mike BinderGênero: DramaDistribuidora: Imagem Filmes




Sinopse: Terry Wolfmeyer (Joan Allen) era uma mulher tranqüila e doce, como diria uma de suas quatro filhas. Quando seu marido desapareçe sem qualquer explicação Terry é obrigada a controlar os ínumeros desentendimentos com suas filhas e ainda justificar a todos o desaparecimento do marido.
Terry passa a recorrer com frequencia ao humor e à bebida para controlar toda a sua raiva e frustração. Nesse momento Denny (Kevin Costner), um vizinho charmoso e beberrão, atravessa o seu caminho criando um relacionamento nada convencional.
Em meio a todos estes acontecimentos, Terry cria um turbilhão de conflitos dentro de si e não há nada que a faça parar, até que algo inesperado acontece.

Cine Clube: Filme Veludo Azul



Descrição: Veludo Azul, de David Lynch, no Ciência em Foco do dia 4 de setembro


Centro Cultural Casa da Ciência da UFRJ
www.casadaciencia.ufrj.br
Twitter: @casadaciencia
(21) 2543-7494 (r. 204)

Depressão

Miguel Chalub

"O homem não aceita mais ficar triste"
Uma das maiores autoridades brasileiras em depressão, o médico diz que, hoje, qualquer tristeza é tratada como doença psiquiátrica. E que prefere-se recorrer aos remédios a encarar o sofrimento
Adriana Prado

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RECEITA
Chalub afirma que muitos médicos se rendem aos laboratórios
farmacêuticos e Indicam antidepressivos sem necessidade

A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que a depressão será a doença mais comum do mundo em 2030 – atualmente, 121 milhões de pessoas sofrem do problema. Para o psiquiatra mineiro Miguel Chalub, 70 anos, há um certo exagero nessas contas. Ele defende que tanto os pacientes quanto os médicos estão confundindo tristeza com depressão. “Não se pode mais ficar triste, entediado, porque isso é imediatamente transformado em depressão”, disse em entrevista à ISTOÉ.
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"Hoje, brigar com o marido, sair do emprego, qualquer motivo é válido
para se dizer deprimido. Mas o sofrimento não significa depressão"

Professor das universidades Federal (UFRJ) e Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), ele afirma que os psiquiatras são os que menos receitam antidepressivos, porque estão mais preparados para reconhecer as diferenças entre a “tristeza normal e a patológica”. Mas o despreparo dos demais especialistas não seria o único motivo do que o médico chama de “medicalização da tristeza”. Muitos profissionais se deixam levar pelo lobby da indústria farmacêutica. “Os laboratórios pagam passagens, almoços, dão brindes. Você, sem perceber, começa a fazer esse jogo.”
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"Há a tendência de achar que o medicamento vai corrigir
qualquer distorção humana. É a busca pela pílula da felicidade"

Istoé - Por que tantas previsões alarmantes sobre o aumento da depressão no mundo?
Miguel Chalub - Porque estão sendo computadas situações humanas de luto, de tristeza, de aborrecimento, de tédio. Não se pode mais ficar entediado, aborrecido, chateado, porque isso é imediatamente transformado em depressão. É a medicalização de uma condição humana, a tristeza. É transformar um sentimento normal, que todos nós devemos ter, dependendo das situações, numa entidade patológica. 
Istoé - Por que isso aconteceu?
Miguel Chalub - A palavra depressão passou a ter dois sentidos. Tradicionalmente, designava um estado mental específico, quando a pessoa estava triste, mas com uma tristeza profunda, vivida no corpo. A própria postura mostrava isso. Ela não ficava ereta, como se tivesse um peso sobre as costas. E havia também os sintomas físicos. O aparelho digestivo não funcionava bem, a pele ficava mais espessa. Mas, nos últimos anos, a palavra depressão começou a ser usada para designar um estado humano normal, o da tristeza. Há situações em que, se não ficarmos tristes,  é um problema – como quando se perde um ente querido. Mas o homem não aceita mais sentir coisas que são humanas, como a tristeza.
Istoé - A que se deve essa mudança?
Miguel Chalub - Primeiro, a uma busca pela felicidade. Qualquer coisa que possa atrapalhá-la tem que ser chamada de doença, porque, aí, justifica: “Eu não sou feliz porque estou doente, não porque fiz opções erradas.” Dou uma desculpa a mim mesmo. Segundo, à tendência de achar que o remédio vai corrigir qualquer distorção humana. É a busca pela pílula da felicidade. Eu não preciso mais ser infeliz.
Istoé - O que diferencia a tristeza normal da patológica?
Miguel Chalub - A intensidade. A tristeza patológica é muito mais intensa. A normal é um estado de espírito. Além disso, a patológica é longa.
Istoé - Quanto tempo é normal ficar triste após a morte de um ente querido, por exemplo?
Miguel Chalub - Não dá para estabelecer um tempo. O importante é que a tristeza vai diminuindo.  Se for assim, é normal. A pessoa tem que ir retomando sua vida. Os próprios mecanismos sociais ajudam nisso. Por que tem missa de sétimo dia? Para ajudar a pessoa a ir se desonerando daquilo.
Istoé - Quais são os sintomas físicos ligados à depressão?
Miguel Chalub - Aperto no peito, dificuldade de se movimentar, a pessoa só quer ficar deitada, dificuldade de cuidar de si próprio, da higiene corporal. Na tristeza normal, pode acontecer isso por um ou dois dias, mas, depois, passa. Na patológica, fica nas entranhas.
Istoé - Ainda há preconceito com quem tem depressão?
Miguel Chalub - Não. É o contrário. A vulgarização da depressão diminuiu o preconceito, mas criou outro problema, que é essa doença inexistente. Antes, a pessoa com depressão era vista como fraca. Hoje, as pessoas dizem que estão deprimidas com a maior naturalidade. Não se fica mais triste. Se brigar com o marido, se sair do emprego, qualquer motivo é válido para se dizer deprimido. Pode até ser que alguém fique realmente com depressão, mas, em geral, fica-se triste. O sofrimento não significa depressão. E não justifica o uso de medicamentos.
Istoé - Os médicos não deveriam entender este processo?
Miguel Chalub - Os médicos não estão isentos da ideologia vigente. O que acontece é: você vem ao meu consultório. Eu acho que você não está deprimido, que está só passando por uma situação difícil. Então, proponho que você faça um acompanhamento psicoterápico. Você não fica satisfeito e procura outro médico, que receita um antidepressivo. Ele é o moderno, eu sou o bobão. Para não ser o bobão, eu receito um antidepressivo logo. É uma coisa inconsciente.
Istoé - Inconsciente?
Miguel Chalub - Os médicos querem corresponder à demanda. Senão, o paciente sairá achando que não foi bem atendido. Receitando um antidepressivo, eles correspondem à demanda, porque a pessoa quer ser enquadrada como deprimida. Mas há a questão dos laboratórios. Eles bombardeiam os médicos.
Istoé - A ponto de influenciar o comportamento deles?
Miguel Chalub - Se for um médico com boa formação em psiquiatria, mesmo que não seja psiquiatra, ele saberá rejeitar isso, mas outros não conseguem. Eles se baseiam nos folhetos do laboratório. Não é por má-fé. Os laboratórios proporcionam muitas coisas. Pagam passagens, almoços, dão brindes. O médico, sem perceber, começa a fazer o jogo. Porque me pagaram uma passagem aérea ou me deram um laptop, acabo receitando o que eles estão querendo.
Istoé - O médico se vende?
Miguel Chalub - Sim. Por isso é que há uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária proibindo os laboratórios de dar brindes aos médicos. Nenhum laboratório suborna médico, não que eu saiba, nem vai chegar aqui e dizer: “Se você receitar meu remédio, vou lhe dar uma mensalidade.” Mas eles fazem esse tipo de coisa, que é subliminar. O médico acaba tão envolvido quanto se estivesse recebendo um suborno realmente.
Istoé - Esse lobby é capaz de fazer um médico receitar certo remédio?
Miguel Chalub - Aí é a demanda e a lei do menor esforço. Se o paciente chegar se queixando de insônia, por exemplo, o que o médico deveria fazer era ensiná-lo como dormir. Ou seja, aconselhar a tomar um banho morno, um copo de leite morno, por exemplo. Mas é mais fácil, tanto para o paciente quanto para o médico, receitar um remédio para dormir.
Istoé - Os demais especialistas também receitam remédios psiquiátricos, não?
Miguel Chalub - Quem mais receita antidepressivos não são os psiquiatras, são os demais especialistas. Os psiquiatras têm uma formação para perceber que primeiro é preciso ajudar a pessoa a entender o que está se passando com ela e depois, se for uma depressão mesmo, medicar. Agora, os outros, não querem ouvir. O paciente diz: “Estou triste.” O médico responde: “Pois não”, e receita o remédio. Brinco dizendo o seguinte: se você for a um clínico, relate só o problema clínico. Dor aqui, dor ali. Não fale que está chateado, senão vai sair com um antidepressivo. É algo que precisamos denunciar.
Istoé - Os psiquiatras deveriam ser os únicos autorizados a receitar esse tipo de medicamento?
Miguel Chalub - Não acho que seja motivo para isso. Os outros especialistas têm capacidade de receitar, desde que não entrem nessa falácia, nesse engodo.
Istoé - Mas os demais especialistas estão capacitados para receitar essas drogas?
Miguel Chalub - Em geral, não.
Istoé - É comum o paciente chegar ao consultório com um “diagnóstico” pronto?
Miguel Chalub - É muito comum. Uma vez chegou um paciente aqui que se apresentou assim: “João da Silva, bipolar.” Isso é uma apresentação que se faça? Quase respondi: “Miguel Chalub, unipolar.” É uma distorção muito séria.
Istoé - O acesso à informação, nesse sentido, tem um lado ruim?
Miguel Chalub - A internet é uma faca de dois gumes. É bom que a pessoa se informe. A época em que o médico era o senhor absoluto acabou. Mas a informação via Google ainda é precária. Muitas vezes, a depressão, por exemplo, é ansiedade. Mas as pessoas não querem conviver com a ansiedade, que é uma coisa desagradável, mas que também faz parte da nossa humanidade. Tenho uma paciente que disse: “Ando com um ansiolítico na bolsa. Saí de casa, me aborreci, coloco ele para dentro.” Então é isso? Se alguém me fala algo desagradável, eu tomo um ansiolítico? Isso é uma verdadeira amortização das coisas.
Istoé - O que causa a depressão?
Miguel Chalub - Esse é um dos grandes mistérios da medicina. A gente não sabe por que as pessoas ficam deprimidas. O mecanismo é conhecido, está ligado a uma substância chamada serotonina, mas o que o desencadeia, não sabemos. Há teorias, ligadas à infância, a perdas muito precoces, verdadeiras ou até imaginárias – como a criança que fica aterrorizada achando que vai perder os pais. As raízes da depressão estão na infância. Os acontecimentos atuais não levam à depressão verdadeira, só muito raramente. Justamente o contrário do que se imagina. Mas mexer na infância é muito doloroso. Não tem remédio para isso. Precisa de terapia, de análise, mas as pessoas não querem fazer, não querem mexer nas feridas. Então é melhor colocar um esparadrapo, para não ficar doendo, e pronto. É a solução mais fácil.
Istoé - O antidepressivo é sempre necessário contra a depressão?
Miguel Chalub - Quando é depressão mesmo, tem que ter remédio.
Istoé - Há quem diga que hoje a moda é ter um psiquiatra, não um analista. O que sr. acha disso?
Miguel Chalub - As pessoas estão desamparadas. Desamparo é uma condição humana, mas temos que enfrentá-lo, assim como o fracasso, a solidão, o isolamento. Não buscar psiquiatras e remédios. Em algum momento, isso pode ficar tão sério, tão agudo, que a pessoa pode  precisar de uma ajuda, mas para que a ensinem a enfrentar a situação. Ensina-me a viver, como no filme. Não é me dar pílulas, para eu ficar amortecido.
Istoé - O que é felicidade para o sr.?
Miguel Chalub -
A OMS tem uma definição de saúde muito curiosa: a saúde é um completo estado de bem-estar físico, mental e social. Essa é a definição de felicidade, não de saúde. Felicidade, para mim, é estar bem consigo mesmo e com o outro. Estar bem consigo mesmo é também aceitar limitações, sofrimento, incompetências, fracassos. Ou seja, felicidade também é ficar triste de vez em quando.

RELAÇÃO DOS DEPUTADOS FEDERAIS E SENADORES QUE RESPONDEM A PROCESSO NA JUSTIÇA.

ID
NOME
CARGO
PARTIDO
ACUSAÇÃO OU CRIME A QUE RESPONDE
1
ABELARDO LUPION
Deputado
PFL-PR
Sonegação Fiscal
2
ADEMIR PRATES
Deputado
PDT-MG
Falsidade Ideológica
3
AELTON FREITAS
Senador
PL-MG
Crime de Responsabilidade e Estelionato
4
AIRTON ROVEDA
Deputado
PPS-PR
Peculato
5
ALBÉRICO FILHO
Deputado
PMDB-MA
Apropriação Indébita
6
ALCESTE ALMEIDA
Deputado
PTB-RR
Peculato e Formação de Quadrilha, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
7
ALEX CANZIANI
Deputado
PTB-PR
Peculato
8
ALMEIDA DE JESUS
Deputado
PL-CE
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
9
ALMIR MOURA
Deputado
PFL-RJ
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
10
AMAURI GASQUES
Deputado
PL-SP
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
11
ANDRÉ ZACHAROW
Deputado
PMDB-PR
Improbidade Administrativa
12
ANÍBAL GOMES
Deputado
PMDB-CE
Improbidade Administrativa
13
ANTERO PAES DE BARROS
Senador
PSDB-MT
Improbidade Administrativa e Formação de Quadrilha
14
ANTÔNIO CARLOS PANNUNZIO
Deputado
PSDB-SP
Crime de Responsabilidade
15
ANTÔNIO JOAQUIM
Deputado
PSDB-MA
Improbidade Administrativa
16
BENEDITO DE LIRA
Deputado
PP-AL
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
17
BENEDITO DIAS
Deputado
PP-AP
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
18
BENJAMIN MARANHÃO
Deputado
PMDB-PB
Crime Eleitoral
19
BISPO WANDERVAL
Deputado
PL-SP
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
20
CABO JÚLIO (JÚLIO CÉSAR GOMES DOS SANTOS)
Deputado
PMDB-MG
Crime Militar, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
21
CARLOS ALBERTO LERÉIA
Deputado
PSDB-GO
Lesão Corporal
22
CELSO RUSSOMANNO
Deputado
PP-SP
Crime Eleitoral, Peculato e Agressão
23
CHICO DA PRINCESA (FRANCISCO OCTÁVIO BECKERT)
Deputado
PL-PR
Crime Eleitoral
24
CIRO NOGUEIRA
Deputado
PP-PI
Crime Contra a Ordem Tributária e Prevaricação
25
CLEONÂNCIO FONSECA
Deputado
PP-SE
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
26
CLÓVIS FECURY
Deputado
PFL-MA
Crime Contra a Ordem Tributária
27
CORIALANO SALES
Deputado
PFL-BA
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
28
DARCÍSIO PERONDI
Deputado
PMDB-RS
Improbidade Administrativa
29
DAVI ALCOLUMBRE
Deputado
PFL-AP
Corrupção Ativa
30
DILCEU SPERAFICO
Deputado
PP-PR
Apropriação Indébita
31
DOUTOR HELENO
Deputado
PSC-RJ
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
32
EDSON ANDRINO
Deputado
PMDB-SC
Crime de Responsabilidade
33
EDUARDO AZEREDO
Senador
PSDB-MG
Improbidade Administrativa
34
EDUARDO GOMES
Deputado
PSDB-TO
Crime Eleitoral, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
35
EDUARDO SEABRA
Deputado
PTB-AP
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
36
ELIMAR MÁXIMO DAMASCENO
Deputado
PRONA-SP
Falsidade Ideológica
37
EDIR DE OLIVEIRA
Deputado
PTB-RS
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
38
EDNA MACEDO
Deputado
PTB-SP
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
39
ELAINE COSTA
Deputada
PTB-RJ
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
40
ELISEU PADILHA
Deputado
PMDB-RS
Corrupção Passiva
41
ENIVALDO RIBEIRO
Deputado
PP-PB
Crime Contra a Ordem Tributária, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
42
ÉRICO RIBEIRO
Deputado
PP-RS
Crime Contra a Ordem Tributária e Apropriação Indébita
43
FERNANDO ESTIMA
Deputado
PPS-SP
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
44
FERNANDO GONÇALVES
Deputado
PTB-RJ
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
45
GARIBALDI ALVES
Senador
PMDB-RN
Crime Eleitoral
46
GIACOBO (FERNANDO LUCIO GIACOBO)
Deputado
PL-PR
Crime Contra a Ordem Tributária e Seqüestro
47
GONZAGA PATRIOTA
Deputado
PSDB-PE
Apropriação Indébita
48
GUILHERME MENEZES
Deputado
PT-BA
Improbidade Administrativa
49
INALDO LEITÃO
Deputado
PL-PB
Crime Contra o Patrimônio, Declaração Falsa de Imposto de Renda
50
INOCÊNCIO DE OLIVEIRA
Deputado
PMDB-PE
Crime de Escravidão
51
IRAPUAN TEIXEIRA
Deputado
PP-SP
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
52
IRIS SIMÕES
Deputado
PTB-PR
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
53
ITAMAR SERPA
Deputado
PSDB-RJ
Crime Contra o Consumidor, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
54
ISAÍAS SILVESTRE
Deputado
PSB-MG
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
55
JACKSON BARRETO
Deputado
PTB-SE
Peculato e Improbidade Administrativa
56
JADER BARBALHO
Deputado
PMDB-PA
Improbidade Administrativa, Peculato, Crime Contra o Sistema Financeiro e Lavagem de Dinheiro
57
JAIME MARTINS
Deputado
PL-MG
Crime Eleitoral
58
JEFERSON CAMPOS
Deputado
PTB-SP
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
59
JOÃO BATISTA
Deputado
PP-SP
Falsidade Ideológica, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
60
JOÃO CALDAS
Deputado
PL-AL
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
61
JOÃO CORREIA
Deputado
PMDB-AC
Declaração Falsa de Imposto de Renda, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
62
JOÃO HERRMANN NETO
Deputado
PDT-SP
Apropriação Indébita
63
JOÃO MAGNO
Deputado
PT-MG
Lavagem de Dinheiro
64
JOÃO MENDES DE JESUS
Deputado
PSB-RJ
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
65
JOÃO PAULO CUNHA
Deputado
PT-SP
Corrupção Passiva, Lavagem de Dinheiro e Peculato
66
JOÃO RIBEIRO
Senador
PL-TO
Peculato e Crime de Escravidão
67
JORGE PINHEIRO
Deputado
PL-DF
Crime Ambiental
68
JOSÉ DIVINO
Deputado
PRB-RJ
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
69
JOSÉ JANENE
Deputado
PP-PR
Estelionato, Improbidade Administrativa, Lavagem de Dinheiro, Corrupção Passiva, Formação de Quadrilha, Apropriação Indébita e Crime Eleitoral
70
JOSÉ LINHARES
Deputado
PP-CE
Improbidade Administrativa
71
JOSÉ MENTOR
Deputado
PT-SP
Corrupção Passiva
72
JOSÉ MILITÃO
Deputado
PTB-MG
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
73
JOSÉ PRIANTE
Deputado
PMDB-PA
Crime Contra o Sistema Financeiro
74
JOVAIR ARANTES
Deputado
PTB-GO
Improbidade Administrativa
75
JOVINO CÂNDIDO
Deputado
PV-SP
Improbidade Administrativa
76
JÚLIO CÉSAR
Deputado
PFL-PI
Peculato, Formação de Quadrilha, Lavagem de Dinheiro e Falsidade Ideológica
77
JÚLIO LOPES
Deputado
PP-RJ
Falsidade Ideológica
78
JÚNIOR BETÃO
Deputado
PL-AC
Declaração Falsa de Imposto de Renda, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
79
JUVÊNCIO DA FONSECA
Deputado
PSDB-MS
Improbidade Administrativa
80
LAURA CARNEIRO
Deputada
PFL-RJ
Improbidade Administrativa e Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
81
LEONEL PAVAN
Senador
PSDB-SC
Contratação de Serviços Públicos Sem Licitação e Concussão
82
LIDEU ARAÚJO
Deputado
PP-SP
Crime Eleitoral
83
LINO ROSSI
Deputado
PP-MT
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
84
LÚCIA VÂNIA
Senadora
PSDB-GO
Peculato
85
LUIZ ANTÔNIO FLEURY
Deputado
PTB-SP
Improbidade Administrativa
86
LUPÉRCIO RAMOS
Deputado
PMDB-AM
Crime de Aborto
87
MÃO SANTA
Senador
PMDB-PI
Improbidade Administrativa
88
MARCELINO FRAGA
Deputado
PMDB-ES
Crime Eleitoral, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
89
MARCELO CRIVELA
Senador
PRB-RJ
Crime Contra o Sistema Financeiro e Falsidade Ideológica
90
MARCELO TEIXEIRA
Deputado
PSDB-CE
Sonegação Fiscal
91
MÁRCIO REINALDO MOREIRA
Deputado
PP-MG
Crime Ambiental
92
MARCOS ABRAMO
Deputado
PP-SP
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
93
MÁRIO NEGROMONTE
Deputado
PP-BA
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
94
MAURÍCIO RABELO
Deputado
PL-TO
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
95
NÉLIO DIAS
Deputado
PP-RN
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
96
NELSON BORNIER
Deputado
PMDB-RJ
Improbidade Administrativa
97
NEUTON LIMA
Deputado
PTB-SP
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
98
NEY SUASSUNA
Senador
PMDB-PB
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
99
NILTON CAPIXABA
Deputado
PTB-RO
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
100
OSMÂNIO PEREIRA
Deputado
PTB-MG
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
101
OSVALDO REIS
Deputado
PMDB-TO
Apropriação Indébita
102
PASTOR AMARILDO
Deputado
PSC-TO
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
103
PAULO AFONSO
Deputado
PMDB-SC
Peculato, Crime Contra o Sistema Financeiro e Improbidade Administrativa
104
PAULO BALTAZAR
Deputado
PSB-RJ
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
105
PAULO FEIJÓ
Deputado
PSDB-RJ
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
106
PAULO JOSÉ GOUVEIA
Deputado
PL-RS
Porte Ilegal de Arma
107
PAULO LIMA
Deputado
PMDB-SP
Extorsão e Sonegação Fiscal
108
PAULO MAGALHÃES
Deputado
PFL-BA
Lesão Corporal
109
PEDRO HENRY
Deputado
PP-MT
Formação de Quadrilha, Lavagem de Dinheiro e Corrupção Passiva, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
110
PROFESSOR IRAPUAN
Deputado
PP-SP
Crime Eleitoral
111
PROFESSOR LUIZINHO
Deputado
PT-SP
Lavagem de Dinheiro
112
RAIMUNDO SANTOS
Deputado
PL-PA
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
113
REGINALDO GERMANO
Deputado
PP-BA
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
114
REINALDO BETÃO
Deputado
PL-RJ
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
115
REINALDO GRIPP
Deputado
PL-RJ
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
116
REMI TRINTA
Deputado
PL-MA
Estelionato e Crime Ambiental
117
RIBAMAR ALVES
Deputado
PSB-MA
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
118
RICARDO BARROS
Deputado
PP-PR
Sonegação Fiscal
119
RICARTE DE FREITAS
Deputado
PTB-MT
Improbidade Administrativa e Formação de Quadrilha, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
120
RODOLFO TOURINHO
Senador
PFL-BA
Gestão Fraudulenta de Instituição Financeira
121
ROMERO JUCÁ
Senador
PMDB-RR
Improbidade Administrativa
122
ROMEU QUEIROZ
Deputado
PTB-MG
Corrupção Ativa, Corrupção Passiva e Lavagem de Dinheiro
123
RONALDO DIMAS
Deputado
PSDB-TO
Crime Eleitoral
124
SANDRO MABEL
Deputado
PL-GO
Crime Contra a Ordem Tributária
125
SUELY CAMPOS
Deputada
PP-RR
Crime Eleitoral
126
TATICO (JOSÉ FUSCALDI CESÍLIO)
Deputado
PTB-DF
Crime Contra a Ordem Tributária, Declaração Falsa de Imposto de Renda e Sonegação Fiscal
127
TETÉ BEZERRA
Deputado
PMDB-MT
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
128
THELMA DE OLIVEIRA
Deputada
PSDB-MT
Improbidade Administrativa e Formação de Quadrilha
129
VADÃO GOMES
Deputado
PP-SP
Improbidade Administrativa e Crime Contra a Ordem Tributária
130
VALDIR RAUPP
Senador
PMDB-RO
Peculato, Uso de Documento Falso, Crime Contra o Sistema Financeiro, Crime Eleitoral e Gestão Fraudulenta de Instituição Financeira
131
VALMIR AMARAL
Senador
PTB-DF
Apropriação Indébita
132
VANDERLEI ASSIS
Deputado
PP-SP
Crime Eleitoral, Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
133
VIEIRA REIS
Deputado
PRB-RJ
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
134
VITTORIO MEDIOLI
Deputado
PV-MG
Sonegação Fiscal
135
WANDERVAL SANTOS
Deputada
PL-SP
Corrupção Passiva
136
WELLINGTON FAGUNDES
Deputada
PL-MT
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
137
ZÉ GERARDO
Deputado
PMDB-CE
Crime de Responsabilidade
138
ZELINDA NOVAES
Deputada
PFL-BA
Sanguessugas (Escândalo das Ambulâncias)
139
Ângela Guadagnin
Deputada
PT-SP
Dançarina do Plenário da Câmara, comemorando absolvição de corrupto
140
Antônio Palocci
Ex-Ministro
PT-SP
Quebra de Sigilo Bancário
141
Carlos Rodrigues
Ex-Deputado
PL-RJ
Bispo Rodrigues
142
Delúbio Soares
Tesoureiro
PT-GO
Ex Tesoureiro do PT
143
José Dirceu
Ex-Deputado
PT-SP
Coordenador do Mensalão
144
José Genoíno
Ex-Deputado
PT-SP
Mensalão, Dólares na Cueca
145
José Nobre Guimarães
DeputadoEst.
PT-CE
Dólares na Cueca (Agora Candidato a Dep. Federal)
146
Josias Gomes
Deputado
PT-BA
Mensalão, CPI dos Correios
147
Luiz Gushiken
Ex-Ministro
PT-SP
CPI dos Correios
148
Paulo Salim Maluf
Ex
PPB-SP
Corrupção, Falcatruas, Improbidade Administrativa, Desvio de Dinheiro Público, Lavagem de dinheiro
149
Paulo Pimenta
Deputado
PT-RS
Compra de Votos, Mensalão, CPI Correios
150
Pedro Corrêa
Ex-Deputado
PP-PE
Cassado em associação ao Escândalo do Mensalão, Compra de Votos
151
Roberto Brant
Deputado
PFL-MG
Crime Eleitoral, Mensalão, CPI Correios
152
Roberto Jefferson
Ex-Deputado
PTB-RJ
Mensalão
153
Severino Cavalcanti
Ex-Deputado
PP-PE
Escândalo do Mensalinho (Renuncio para evitar a cassação)
154
Silvio Pereira
SecretárioPT
PT
Mensalão
155
Valdemar Costa Neto
Exc-Deputado
PL-SP
Mensalão (renunciou para evitar a cassação)